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Mário Tropa volta a mostrar o seu “realismo fantástico”

Mário Tropa volta a mostrar o seu “realismo fantástico”

Exposição na Casa do Brasil em Santarém até 5 de Abril
Todas as telas de Mário Tropa contam uma história. Apesar de nenhum dos seus quadros terem título. A ideia é que cada espectador interprete o significado de cada obra à sua maneira. Os 38 quadros que integram a exposição de sua autoria que está patente na Casa do Brasil, em Santarém, até 5 de Abril, não fogem à regra.O pintor gosta de pensar que a sua pintura está integrada numa corrente a que chama “realismo fantástico”, ou seja, uma realidade tornada impossível. “Gosto de colocar em confronto objectos que, normalmente, não se encontram”, explica. O MIRANTE encontrou o pintor com um grupo de alunos da área de Artes da Escola Ginestal Machado, de Santarém, numa visita à exposição. Mário Tropa disse aos jovens que o melhor conselho que pode dar a quem quer ser fazedor de arte, como gosta de chamar ao artista, é que é preferível demorar mais tempo a terminar uma obra e ficar bem feita do que fazer tudo à pressa. “As pessoas percebem quando as coisas foram feitas em cima do joelho. Vale a pena sermos cuidadosos com todos os nossos trabalhos”, aconselha.Mário Tropa confessa não utilizar algumas cores na sua pintura. O verde é uma delas. Gosta de azul mas no início da sua carreira não o utilizava. “Existe uma lenda que diz que no primeiro dia o mundo era escuridão total e no segundo dia Deus criou o azul”, diz como forma de explicar que a cor azul é considerada por muitos como uma cor perfeita. Gosta ainda de utilizar o vermelho. É uma cor que lhe transmite boa disposição e alegria de viver embora também possa simbolizar sangue, morte e tragédia. “Por isso utilizo muitas vezes o vermelho alanrajado, para lhe roubar o sentido de tragédia. Gosto de atenuar realidades, talvez por não ser uma pessoa conflituosa”, confessa. Mas também não sou daqueles que dá todas as informações na minha pintura, confessa ainda por fim para salientar que os quadros desta exposição foram pintados durante este ano e 2008.Mário Tropa nasceu em Lisboa em 1941 mas vive e trabalha em Santarém onde possui um atelier. Licenciado em Artes Plásticas pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa foi professor de Desenho no Instituto Politécnico de Santarém entre 1967 e 1990, deu aulas de Pintura e Gravura do curso de Artes Plásticas da Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha e no Instituto Politécnico de Leiria entre 1990 e 2003. Expõe individualmente desde 1966 estando representado em colecções públicas e privadas em Portugal e no estrangeiro.
Mário Tropa volta a mostrar o seu “realismo fantástico”

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