A equipa Alverca Crusaders apresenta-se aos sócios do clube no próximo domingo, naquele que será o primeiro jogo oficial de futebol americano da zona Ribatejana. O adversário será a outra formação do sul do país, Lisboa Navigators e a partida vai-se realizar no estádio do Futebol Clube de Alverca pelas 10h00.Bruno Martins tem 32 anos é jogador e um dos directores da equipa. Apesar de não haver competição neste momento, o responsável considera que há condições para a criação de um campeonato nacional com as quatro equipas existentes, a breve prazo, dando o exemplo do país vizinho.“Em Espanha cada grupo faz cinco jogos. Nós tendo quatro equipas, duas em Lisboa e duas no Porto e se fizermos duas voltas, acabamos por jogar mais vezes que no campeonato Espanhol”, refere.O responsável lamenta as burocracias que a Associação Promotora Desporto Futebol Americano tem tido no desenvolvimento das mais diversas iniciativas que procuram dar mais visibilidade e facilitar o desenvolvimento da modalidade.Formada por amadores, a única fonte de receita da equipa são as cotas, o que cria naturais dificuldades financeiras apresar dos patrocínios que vão aparecendo e do apoio que o Alverca tem dado. “O clube esforça-se por oferecer o seguro desportivo mas nem todos estão segurados, pois não há dinheiro”, conta o director.A equipa resulta de um projecto que nasceu há dois anos na Bobadela, mas passaram a chamar-se Alverca Crusaders, depois de um convite feito pelo clube Ribatejano, que foi aceite, já que a visibilidade é maior o que possibilita ter mais patrocínios.Com cerca de trinta atletas, com uma média de idade a rondar os vinte e cinco anos, o clube está em constante formação porque o número de jogadores exigidos varia entre os trinta e cinco e os quarenta. Apesar de terem uma equipa base formada, recebem todos aqueles que se queiram juntar e praticar a modalidade. Enquanto esperam que o novo centro de estágio do Alverca fique pronto, treinam aos sábados de manhã na zona da expo.Brady Nurse é americano mas vive em Portugal há dois anos. Era jogador, há quatro meses e foi convidado para ser o treinador da equipa. Não tem dúvidas quanto à qualidade dos jogadores portugueses. “Evoluíram tremendamente. Eram um pouco verdes e hoje não parece a mesma equipa de há um ano atrás. São tão bons e rápidos como nós”, garante o treinador.Apaixonado pela modalidade diz que a experiência de treinar é uma oportunidade fantástica para contactar com o futebol americano. Quanto ao nosso país assegura.”Adoro Portugal e as pessoas. Não podia escolher melhor sítio para viver”.Creg Ledford tem vinte e três anos e há onze que pratica a modalidade na América. Chegou a Portugal em Janeiro, depois de passagem por Espanha e é um dos oito americanos que fazem parte do plantel. Considera que os jogadores portugueses aprendem rapidamente e espera ficar por cá a jogar o seu desporto preferido durante os próximos dois anos.Natural de Forte da Casa, David Martins tem dezassete anos e considera o futebol americano um jogo táctico e de equipa. Salienta a amizade e o espírito de grupo que existe entre todos e defende que não é um desporto violento. Lamenta que haja ainda falta de informação o que faz com que as pessoas não conheçam a modalidade.