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Esquizofrénico sem abrigo porque ninguém o quer acolher

O doente esquizofrénico de Almeirim que tem colocado a família à beira do desespero continua sem uma solução para a sua vida e passou a noite de segunda-feira a vaguear pela cidade, depois de ter alta do Hospital de Santarém nesse dia e de a família ter recusado recebê-lo em casa. A irmã e a sobrinha que o têm acolhido estão à beira do desespero porque consideram não ter mais condições para cuidar dele. O Hospital de Santarém diz que se não houver uma solução urgente vai ter que acolher de novo o doente nas suas instalações até encontrar uma instituição onde possa ficar em regime de internamento. Carlos Godinho, 60 anos, estava internado há cerca de um mês no serviço de psiquiatria do Hospital de Santarém, depois de mais uma crise grave. O médico José Marouço, vogal da administração, admite que o caso é complicado, que a situação crónica do doente pode agravar-se e garante que os serviços sociais do estabelecimento hospitalar estão empenhados em encontrar uma solução definitiva. Já foi contactado o CATEI – Centro de Acolhimento Temporário para Idosos e a Casa de Saúde do Telhal, uma das poucas instituições que acolhe doentes do foro psiquiátrico. Mas neste momento não há vagas, o que pode vir só a acontecer daqui por mais de um mês, refere José Marouço.A falta de uma solução para este doente esquizofrénico arrasta-se há mais de um ano. No início de Fevereiro O MIRANTE já tinha denunciado a situação. Por causa do mau ambiente causado no agregado familiar, constituído pela irmã, a sobrinha de Carlos Godinho e o filho desta, decorre no Tribunal de Almeirim um processo com vista à retirada criança de sete anos à mãe. Antes de ter sido internado esta última vez, Carlos Godinho já tinha agredido a irmã e como estava descompensado por não tomar os medicamentos.

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