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Sílvia Ferreira

24 anos, técnica de turismo, Virtudes (Azambuja)

“Se pudesse criaria um atelier de tempos livres. A vida está difícil, os pais têm tendência a trabalhar mais para conseguir um melhor ordenado e há muita dificuldade em ter os meninos nos infantários que têm horários restritos. Seria uma opção poder tê-los ao cuidado de uma empresa privada com um horário alargado até às 20h00”.

Que transporte prefere?Sempre andei de comboio. Quando andava na escola primária ia a pé. Depois quando fui para o ciclo para a Azambuja comecei a ir de comboio. Só tirei a carta mesmo no último ano de faculdade já com 21 anos. Agora vou de carro para o trabalho, em Aveiras de Cima, porque é complicado chegar lá de autocarro. Porque é que as pessoas preferem os centros comerciais ao comércio tradicional?Acho que tem que ver sobretudo com os horários. As pessoas trabalham até tarde. E a essas horas muitas vezes o comércio tradicional já está fechado. Depois têm os fins-de-semana livres, ao sábado porque não apetece acordar tão cedo e as lojas só estão abertas até às 13h00. Prefiro ir a um centro comercial porque está sempre aberto. E depois há sempre aquela vantagem de poder passear e ver as montras…Qual é o seu livro de cabeceira?Por causa de ver um filme que vi no Atrium Azambuja tive curiosidade de começar a ler “O Crepúsculo” [ de Stephenie Meyer], mas sou mais dada a romances. Gosto mais de ler livros do que de ver filmes. O meu autor favorito é Nicolas Sparks em “As palavras que nunca te direi”. E se alguém mais alto se sentasse à sua frente no cinema?Se não houvesse lugares marcados e se existissem mais lugares livres trocaria, mas poderia pedir educadamente se essa pessoa se importaria de se baixar mais um pouco. Também já me aconteceu a mim, que sou alta, e não levei a mal.Se tivesse condições que tipo de empresa gostaria de criar?Se pudesse criaria um atelier de tempos livres. A vida está difícil, os pais têm tendência a trabalhar mais para conseguir um melhor ordenado e há muita dificuldade em ter os meninos nos infantários que têm horários restritos. Seria uma opção poder tê-los ao cuidado de uma empresa privada com um horário alargado até às 20h00, por exemplo, como já acontece. Gostaria de ter vivido em alguma época especial?Não sei se é por residir perto do Convento das Virtudes, mas a época medieval é um período que me agrada bastante. Até pela arquitectura e pelas vestes. Mas gostaria de espreitar apenas. Acho que a vida não devia ser fácil. Só mesmo para a nobreza. (risos)Quem gostaria de conhecer melhor durante um café?Talvez o autor dos livros que leio. Tem um livro que é verídico: “Três semanas com o meu irmão”. Identifico-me um pouco com ele. Na protecção do irmão mais novo e no assumir várias responsabilidades perante a família. O que também se passa um pouco comigo. A minha irmã tinha quatro anos e eu é que a levava de comboio para a Azambuja. Íamos as duas de mão dada. Há quem ache que os divórcios hoje acontecem de ânimo leve. Concorda?A minha avó costuma dizer que antigamente as mulheres levavam porrada e aguentavam. Obviamente não é correcto, mas acho que tem que existir cedências das duas partes. E a maior parte das vezes as pessoas não estão para isso. Tem que existir sacrifício de ambas as partes.

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