O fim do comércio tradicional como o conhecemos não é nenhum drama
Não vale a pena tentar travar a marcha da sociedade. Insistir na defesa do comércio tradicional nos moldes em que o mesmo sempre funcionou não resulta. É como defender o uso do burro ou das carroças em alternativa aos carros.Se a maior parte das pessoas prefere os hipermercados e os centros comerciais não é através de cartazes e publicidade que se altera essa tendência. E muito menos através de ridículas imposições como reduções de horários e limites de área comercial. Para além de já toda a gente saber que é impossível praticar preços tão baixos. O comércio tradicional só pode sobreviver e até reviver se encontrar o seu espaço próprio na actual organização das sociedades. Oferecendo produtos que deixaram de existir nas grandes superfícies, por exemplo. Criando um tipo de atendimento entre o do untuoso merceeiro do século passado e o desumanizado e robótico da menina do shopping a mascar pastilha elástica e a ouvir música no “ipod”.Acima de tudo o comércio tradicional tem que perceber que a sociedade não pode estar obrigada a preservá-lo como se preserva os golfinhos ou os ursos polares.Armando S. Valente
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