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António Torres

António Torres

46 anos, Gestor na Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo

Nasceu no Bairro da Bica, em Lisboa, há 46 anos. Foi na capital que cresceu até sair para estudar planeamento em Aveiro. Casado, com dois filhos, António Torres actua há 20 anos na preparação das candidaturas para os fundos comunitários. Já geriu projectos de milhões. Trabalha com os presidentes dos municípios que integram a Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo.

Em 1989 trabalhava na Comissão Coordenadora Regional do Centro (CCR) e surgiu um convite para ir para a CCR de Lisboa trabalhar no Programa Operacional do Vale do Tejo. Em 1992 fiquei responsável pelo programa e em 1994 estive a gerir um programa de 15 milhões de contos (75 milhões de euros) na Lezíria do Tejo.Diz-se sempre que é o último quadro comunitário de apoio, mas aparece sempre um a seguir. O Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) é excessivamente burocrático e essa burocracia causou alguns atrasos. Tem de ser feito um esforço para recuperar este atraso porque a regra da guilhotina obriga a devolver as verbas se não forem executadas as contratualizações.Para alguns municípios será a última oportunidade de concretizarem alguns dos projectos e vai gerar desenvolvimento económico porque as obras serão feitas por empresas desta região e vão empregar pessoas que vivem aqui. Os centros escolares são um bom exemplo.Sou a favor da regionalização porque a proximidade de quem gere é importante. A administração central em Lisboa está muito longe do país real. A regionalização permitirá estabelecer outras prioridades e uma melhor aplicação dos investimentos. Todos teremos a ganhar com as regiões plano.Joguei futebol e ainda sou um apaixonado pela bola. Em Lisboa jogava duas vezes por semana. Arranjei um grupo de amigos em Santarém e jogamos à terça-feira. Ao fim de semana acompanho os meus filhos e vou vê-los jogar. Adoro cinema, mas agora vejo os filmes infantis com as crianças. Tirei o curso de planeamento regional e urbano na Universidade de Aveiro, cidade onde trabalhei seis anos antes de regressar a Lisboa. Quando vim para Santarém continuei a viver em Lisboa, vinha todos os dias. Há dois anos mudei-me para esta cidade e gosto de viver aqui. Ainda não sou aficionado pelos toiros, mas gosto dos forcados.Fiz a Escola Primária no Largo do Carmo. Se tivesse nascido um ano mais tarde tinha assistido ao 25 de Abril na varanda da escola. Lembro-me de descer o caminho do elevador com carrinho de rolamentos e para cima ia à boleia do elevador sem pagar. Estou envolvido nas candidaturas a fundos comunitários desde o Fundo de Desenvolvimento Regional (FEDER) e penso que a região tem aproveitado bem as oportunidades desde o primeiro programa. Nos vários quadros comunitários foram esgotadas as verbas disponíveis e chegou a haver reforços.Esta região tem autarcas que são exemplos a nível nacional pela sua qualidade, honestidade e competência. A maioria são pessoas com muita experiência e que têm dado um contributo importante para a melhoria da qualidade de vida das populações dos seus municípios.A Lezíria do Tejo foi uma das regiões do país que mais cresceu nos últimos anos e as avaliações intercalares revelam que tem havido uma boa execução e que este exemplo deve ser seguido para o resto do país. Este ano contratualizámos com a Comissão Coordenadora do Desenvolvimento Regional do Alentejo 72 milhões de euros para os municípios da Lezíria. Até agora nunca desperdiçamos qualquer verba.Nas férias gosto de viajar, descansar e ler. Nunca desligo o telemóvel e faço contactos de trabalho todos os dias. O ano passado tive de interromper as férias para acabar a candidatura ao Fundo de Coesão. Tivemos de fazer umas directas e as férias ficaram por concluir.Nelson Silva Lopes
António Torres

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