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Conservatório de Música de Santarém aguarda há meses pelas novas instalações

Câmara vai adjudicar projecto de requalificação do edifício na reunião de 13 de Abril
Desde Novembro de 2008 que o Conservatório de Música de Santarém (CMS) aguarda que sejam iniciadas as obras no antigo edifício da EDP (palácio João Afonso), junto ao Teatro Sá da Bandeira, que será em grande parte adaptado para novo espaço da instituição. A promessa de instalação do CMS em espaço mais adequado vem desde os mandatos de José Miguel Noras, que deixou a presidência da câmara no início de 2002, e atravessou todos os executivos desde aí. No mandato de Rui Barreiro foi aprovado o projecto de arquitectura do edifício com os pareceres do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) e da Direcção Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo (DREL-LVT) por se tratar de edifício localizado no centro histórico que será destinado a escola de música.Dia 29 de Março a deputada e vereadora da Câmara de Santarém, Luísa Mesquita, reuniu-se com a direcção do Conservatório para recolher informações e dar voz às preocupações dos seus responsáveis pelos sucessivos atrasos. O atraso na mudança de instalações tem protelado a utilização de instalações alugadas nas águas furtadas do Centro Cultural Regional. Seis pequenos espaços servem de salas de aula e de ensaio para 182 alunos e 19 professores. Para a presidente da direcção do Conservatório, Maria Beatriz Martinho, há que dar um andamento mais rápido ao processo. “O projecto inicial foi aprovado em Lisboa há mais de um ano e tem-se protelado no tempo. Primeiro estaria concluído em Novembro, depois em Dezembro e finalmente em Janeiro. O prazo passou para Março e chegado o primeiro dia do mês contactei o senhor presidente da câmara que me informou que a intervenção devia começar em Maio. Essa informação já está desactualizada, uma vez que um arquitecto da câmara me referiu que só será possível as obras começarem em Outubro”, explicou Maria Beatriz Martinho.O arquitecto Pedro Gouveia, do Departamento de Gestão Urbanística da Câmara de Santarém, esclarece que alguns atrasos tiveram a ver com a abertura do concurso de concepção do projecto de especialidades (acústica de edifício antigo em zona sensível do centro histórico) e construção, que teve a reclamação de um dos concorrentes aquando da admissão de propostas. Decorrido o prazo de contestação foi ratificada a primeira decisão de escolha do empreiteiro.O vereador da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves, refere que a adjudicação da concepção do projecto de especialidades e requalificação do edifício irão ser submetidos à reunião do executivo de 13 de Abril. A empresa vencedora terá 60 dias para elaborar o projecto e 240 dias para fazer obra a partir da assinatura do contrato. “Esperamos arrancar com a obra ainda este Verão”, antevê o autarca.Deputada quer celeridade no apoio ao Conservatório Para Luísa Mesquita há que dar uma resposta célere e adequada ao Conservatório no que respeita às obras de especialidades do novo edifício. Com críticas ao funcionamento das actividades de enriquecimento curricular, das quais recorda que o inglês e educação física estão a meio e gás e a música é quase inexistente, Luísa Mesquita diz que cabe aos responsáveis da autarquia e do ministério “apoiar instituições como o Conservatório de Música de Santarém que forma músicos, educa musicalmente e contrata professores, pagos à tabela e não a cinco e seis euros por hora como os professores de inglês nas actividades de enriquecimento curricular”, exemplifica.Criado em 15 de Maio de 1985 o Conservatório recebe alunos de todo do distrito. Utiliza as instalações do Centro Cultural e também a Casa do Brasil para as aulas de canto, a Igreja da Piedade para aulas de violoncelo e a Sé Patriarcal para as aulas de órgão de tubo. Da Câmara de Santarém recebe 648,44 euros de subsídio mensal, além da autarquia suportar a renda das instalações. Do Ministério da Educação recebe um subsídio de 60 mil euros para o período de Janeiro a Agosto, para pagar a professores e funcionários, além de cobrar uma mensalidade aos alunos. A verba de Setembro a Dezembro é definida em função do plano de actividades apresentado.

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