Gespaços vence nacional de pólo aquático feminino em Vila Franca de Xira
Atletas de Paços de Ferreira bateram por 15-12 o Gondomar na final
Final demonstra domínio nortenho na modalidade. Concelho de Vila Franca não tem qualquer equipa, mas é considerado “um paraíso para a modalidade” pela seleccionadora nacional.
Foi num recinto piscina onde o calor se fez sentir com muita intensidade que a equipa de pólo aquático do Gespaços venceu no último fim-de-semana campeonato nacional da modalidade no escalão de juvenis femininos. As atletas de Paços de Ferreira bateram por 15-12 o Gondomar na final, que se disputou no complexo de piscinas municipais de Vila Franca de Xira. As atletas do novo campeão nacional disputaram um jogo renhido com a equipa adversária, numa partida em que o resultado nunca ultrapassou os três golos de diferença. Na véspera, as atletas tinha já batido o Arsenal 72, de Algueirão Mem Martins, que ficou em terceiro lugar na competição. Rui Moreira, técnico da equipa vencedora, ficou “satisfeito” com a vitória. O treinador, que, já foi jogador de andebol e atleta de natação, explica o domínio das equipas do norte na competição com o facto de “existirem mais clubes e por isso maior competitividade”. O técnico nota que, a norte, “quase todas as localidades têm uma piscina e os clubes optam pelas duas modalidades”. Helena Barros, responsável da Federação Portuguesa de Natação e seleccionadora nacional, assistiu à partida. Observar as jogadoras num jogo como a final nacional “permite sempre um bom registo das jogadoras, mas que sobressaem nestes jogos são, na sua maioria, já seleccionáveis, com base noutros jogos”, explica a técnica. Numa modalidade em que a participação feminina, tem vindo a decair, Helena Barros afirma que o problema está na “falta de vontade dos clubes”. A responsável acrescenta ainda que existem muitas equipas que têm pólo aquático masculino, mas não feminino. A técnica sublinhou “as boas condições do complexo de piscinas, onde a selecção tem feito imensos estágios e que com as infra-estruturas de alojamento se tornará num paraíso para o pólo aquático”.Uma fusão entre andebol e nataçãoO pólo aquático é uma das modalidades em que confluem atletas de diversas proveniências. Rui Moreira, treinador do Gespaços, foi parar à modalidade depois de praticar natação no FC Porto e andebol noutro clube de pequena dimensão. “Acabei por juntar as duas coisas e optei pelo pólo aquático”, conta a O MIRANTE. O técnico, que entrou no pólo aquático há mais de 30 anos, descreve a modalidade como “uma das mais completas, exigindo muito treino e saber nadar em pelos menos três estilos - bruços, crawl, e costas”.Helena barros, seleccionadora nacional, escolheu o pólo aquático depois de vários anos a praticar natação no Sport Algés e Dafundo. A modalidade “era a única que permitia manter treinos diário e ser praticada em horário pós-laboral”. A influência do pólo aquático na durabilidade dos jogadores é consensual. Ambos os técnicos acreditam que o pólo aquático confere aos atletas “competências” que se mantêm por mais tempo que noutras modalidades
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