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Clima económico volta a cair em Março

Melhoria da confiança no sector da indústria e pessimismo acentuado nas famílias
O indicador de clima económico caiu ligeiramente em Março, apesar da melhoria da confiança no sector da indústria, que recuperou do mínimo histórico do mês passado, ao mesmo tempo que as famílias acentuaram o pessimismo. "Em Março, o indicador de clima económico manteve o movimento descendente observado desde Maio de 2008, embora diminuindo a um ritmo mais moderado", de acordo com os Inquéritos de Confiança divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).Para esta degradação do clima de confiança contribuíram comportamentos diferentes dos vários sectores, do lado da oferta, "registando-se uma deterioração dos indicadores de confiança nos Serviços e no Comércio, uma estabilização na Construção e Obras Públicas e uma recuperação na Indústria Transformadora", refere ainda o INE. A recuperação da confiança da indústria foi determinada "apenas pelo forte contributo positivo do saldo de respostas extremas [opiniões] sobre as perspectivas de produção".Já no caso da construção, a estabilização do indicador de confiança da construção resultou de "movimentos de sentido contrário nas componentes, perspectivas de emprego e opiniões sobre a carteira de encomendas".Observou-se um "ligeiro agravamento nas opiniões sobre a carteira de encomendas e uma recuperação ténue nas perspectivas de emprego", acrescenta o INE. A ligeira melhoria das perspectivas de emprego - que permitiu a interrupção do "acentuado perfil descendente iniciado em Junho" - resultou dos movimentos no mesmo sentido na construção de edifícios, especialmente nos não residenciais, e nas obras públicas, onde as perspectivas de emprego recuperaram ligeiramente. Por outro lado, os empresários do sector dos serviços e do comércio mostraram-se mais pessimistas. "O indicador de confiança dos serviços prolongou a diminuição observada desde Junho, mas particularmente intensa nos últimos três meses, atingindo um novo mínimo para a série iniciada em Abril de 2001", revela o instituto estatístico.O INE revela que o "andamento nos últimos três meses reflectiu a deterioração registada em todas as componentes, apreciações sobre a carteira de encomendas (a mais expressiva em Março), perspectivas de procura e opiniões relativas à actividade corrente".No caso do comércio, o indicador evoluiu negativamente, apesar de uma melhoria da confiança do comércio a retalho. "No comércio, o indicador de confiança também diminuiu, embora mais ligeiramente que nos quatro meses anteriores, prolongando a trajectória descendente observada desde Abril de 2008 e registando um novo mínimo histórico para a série iniciada em 1989", afirma o INE.O instituto estatístico acrescenta que a evolução deste indicador em Março "resultou da deterioração registada no comércio por grosso, uma vez que no comércio a retalho se verificou uma recuperação". Do lado da procura, o clima de confiança voltou a marcar um novo patamar de pessimismo."O indicador de confiança dos consumidores prolongou a tendência descendente observada desde finais de 2006, registando o valor mais baixo da série iniciada em Junho de 1986", acrescenta o instituto estatístico. A deterioração do indicador resultou das opiniões desfavoráveis a todas respostas do inquérito, excepto nas perspectivas sobre a situação financeira das famílias. Nos últimos seis meses, "as perspectivas de evolução do desemprego apresentaram o contributo negativo mais expressivo para o andamento do indicador", com o pessimismo a atingir máximos da série.

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