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Oposição a Moita Flores fez-se ouvir em debate do PS

Socialistas e independentes criticam opções da maioria PSD e dizem que não há vitórias antecipadas
O último debate promovido pela Secção do PS de Santarém demonstrou que afinal há oposição política à gestão de Moita Flores e vozes críticas na sociedade civil que não estão rendidas à obra feita. Algumas das críticas mais contundentes partiram mesmo de um cidadão independente, Vítor Farinha, que arrasou algumas das opções políticas da maioria PSD, como a do abandono pelo município da empresa intermunicipal Águas do Ribatejo. “Perdemos esse barco e com isso toda a mais valia de criar sinergias com os concelhos que nos envolvem. Neste momento, decididamente, estamos mais pobres. Estas são péssimas opções”, afirmou o munícipe que é também presidente da Associação Académica de Santarém. O tema Águas do Ribatejo foi também explorado pelo presidente da concelhia socialista, José Miguel Noras, ao considerar que a Câmara de Santarém desperdiçou uma parceria com larga vantagem e ao confessar temer que no futuro essa opção se reflicta num aumento acentuado do custo da água. “Hoje temos uma mão cheia de nada. Estamos à espera do parceiro privado e a Águas do Ribatejo ganhou 42 milhões de euros”, observou.O relacionamento com os concelhos vizinhos foi uma das pedras de toque da intervenção de Vítor Farinha, que no final foi muito aplaudido pela plateia. “Santarém tem que ser uma cidade de centralidade. Não pode viver de costas voltadas para os concelhos que a envolvem. Neste momento somos uma ilha”, declarou, acrescentando que “o futuro passa por projectos comuns”.A candidatura às autárquicas foi também abordada e Vítor Farinha considera que não há vitórias ou derrotas antecipadas, deixando alguns recados aos socialistas. “Nós queremos pessoas que criem pontes, diálogo, sinergias. É preciso enfrentar isto de forma clara e corajosa. Mas não há candidatura nenhuma que consiga resistir à falta de fé, de vontade, de crer. Esse é o ponto fundamental e o princípio de viragem que todos queremos. Devemos ter uma fé inabalável na mudança”.O mediatismo de Moita Flores também não foi esquecido. “Notoriedade é trazer desenvolvimento, modernidade”, considerou, acrescentando que os artigos nos jornais e as aparições na televisão são “folclore”. Vítor Farinha definiu a situação financeira do município como “preocupante” e considerou que “está a deixar-se um legado grave” para as gerações vindouras.Antes, o dirigente socialista Carlos Catalão havia dito que “se está a deixar conduzir a cidade e o concelho para um precipício”. E defendeu a apresentação de alternativas claras à actual gestão PSD. Tal como o presidente da concelhia socialista, José Miguel Noras, que afirmou “não haver impossíveis na vida autárquica nem processos irreparáveis no plano político”. “O que precisamos é de um presidente a tempo inteiro”, sustentou.

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