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Câmara do Cartaxo transfere 1,7 milhões de euros para as freguesias

Oposição critica falta de esclarecimentos sobre o destino das verbas
A Câmara Municipal do Cartaxo vai transferir mais de 1,7 milhões de euros para as oito freguesias do concelho, montantes a inscrever nos protocolos de descentralização de competências e verbas com aquelas autarquias para 2009.A Junta de Vila Chã de Ourique é a que mais recebe com 411.944,97 euros, seguida de Pontével com 346.335,96 euros e de Vale da Pedra com 285.812,76 euros. Seguem-se Vale da Pinta (198.245 euros), Valada (183.845,98 euros), Lapa (151.860,61 euros), Cartaxo (96.700 euros) e Ereira (63.975 euros). No total são 1.738.720,28 euros a transferir para as oito freguesias. Em 2008 foram transferidos 1,3 milhões para as juntas e, desde 2002, os valores ultrapassaram sempre a fasquia dos 900 mil euros.A proposta foi aprovada em reunião do executivo e a maioria socialista reclama estar a atribuir a maior verba de sempre às freguesias do concelho. Pelo contrário, a oposição PSD e CDU votou contra. O presidente da Câmara do Cartaxo, Paulo Caldas (PS), considera que “a descentralização para as freguesias é um factor de desenvolvimento social, cultural e económico, mas também democrático do nosso concelho, garantindo-lhes maior autonomia”.Segundo comunicado da autarquia, o aumento da verba a atribuir às freguesias “é uma medida concreta e inadiável num ano em que as dificuldades sentidas pelas famílias, assim como pelos empresários, se agravam em consequência da crise económica e financeira vivida no concelho, na região e no país”, pode ler-se. Para o social-democrata Manuel Jarego não faria sentido votar a favor de uma proposta que não explica a que projectos e despesas se destinam as verbas. “Nem sequer foi fornecida qualquer informação previamente, como prometido”, acrescenta. Por seu turno, Mário Júlio Reis (CDU) diz ter votado em coerência com o seu sentido de voto aquando da discussão do orçamento municipal, que considera ser irrealista, e criticou o facto de os vereadores da oposição não terem sido tidos nem achados na discussão das propostas. “Os protocolos têm alíneas que prevêem a obrigação de entrega de relatórios trimestrais das despesas efectuadas e das obras previstas mas nada disso chega ao nosso conhecimento. Estes protocolos, apesar de concordarmos com a descentralização, não podem ser chapa cinco todos os anos quando há freguesias com diferentes realidades”, justifica.

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