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Administração das cervejas Cintra tem 25 dias para apresentar plano de recuperação da empresa

Administração das cervejas Cintra tem 25 dias para apresentar plano de recuperação da empresa

Credores decidiram esperar pelas propostas para decidirem se a fábrica vai continuar a laborar ou encerra

Na primeira assembleia de credores da empresa que detém a marca Cintra, o administrador de insolvência nomeado pelo tribunal disse que na sua opinião pessoal a empresa tem condições de ser viabilizada.

Os credores da Drink-In, que detém a marca de cervejas Cintra, decidiram na primeira assembleia de insolvência da empresa, no Tribunal de Santarém, esperar até 15 de Maio para que a actual administração apresente um plano de recuperação da firma. Segundo proposta do administrador de insolvência, nomeado pelo tribunal, caso esta não apresente o projecto ou manifeste a intenção de o não fazer, será então cessada a actividade da fábrica em Santarém e vendido o património para pagar as dívidas no total de 82 milhões e 900 mil euros. O administrador de insolvência, Jorge Seiça Calvete, disse na assembleia de credores de segunda-feira, 20 de Abril, acreditar que a administração da empresa vai apresentar um plano que permita manter a empresa em laboração e que há condições para viabilizar a fábrica de cervejas. Até lá mantêm-se em funções os actuais administradores da Drink-In e a fábrica continuará a laborar. Jorge Seiça Calvete realçou que a actividade da fábrica de Santarém está a ser assegurada com o apoio da banca, nomeadamente através do BCP que é um dos maiores credores. Outros grandes credores são o Banif, a Caixa Geral de Depósitos e o Montepio Geral. O administrador de insolvência recordou que desde que o empresário Jorge Armindo comprou a fábrica a Sousa Cintra foram tomadas várias medidas para a sua recuperação com o acordo da banca, ressalvando no entanto que desde Maio de 2006 registou-se sempre um abrandamento das vendas. Situação que levou a uma situação difícil e que originou a que fosse a própria Drink-In a apresentar no tribunal o pedido de insolvência. Nesta assembleia foi também aprovado nomear como suplentes para a comissão de credores o representante da Segurança Social e Joel Moita em representação dos trabalhadores. Que se juntam aos três elementos já escolhidos, os representantes do BCP, da Caixa Geral de Depósitos e do Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento (IAPMEI). Os funcionários tinham pedido para serem considerados credores, apesar de terem os ordenados em dia, para salvaguardar o pagamento das indemnizações caso a empresa venha a fechar as portas, explicou o advogado dos trabalhadores, Carlos Tomé. Em Fevereiro, em declarações a O MIRANTE, Jorge Armindo garantiu que ia lutar para evitar o encerramento da fábrica que emprega cerca de 100 pessoas. Na altura o empresário dizia também que a solução para a Cintra passa por encontrar uma parceria com outra empresa da mesma área de actividade que permita rentabilizar a capacidade de produção da fábrica, que está actualmente abaixo dos 50 por cento. Isto porque, admitiu também, neste momento de crise é difícil encontrar alguém que possa injectar capital na empresa. Recorde-se que a fábrica iniciou a laboração em Junho de 2002, depois de Sousa Cintra ter comprado os terrenos da Quinta da Mafarra à Câmara de Santarém por um escudo o metro quadrado.
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