Muitos leitores telefonam e escrevem para O MIRANTE interessando-se pelo diferendo que opõe o nosso jornal à Companhia de Seguros Victoria. Esta semana os contactos bateram todos os recordes. Na última edição, O MIRANTE publicou ao abrigo de uma resolução da ERC dois direitos de resposta, com textos idênticos, que já tinham sido publicados noutra edição. A Victoria Seguros aproveitou uma falha na chamada do texto à primeira página e pôs a ERC a trabalhar. Como vivemos num país de “faz de conta” lá tivemos que obedecer aos poderes da ERC. No texto publicado ao lado os leitores podem tomar conta mais uma vez da pressão da administração da Companhia de Seguros Victoria para nos calar. O Tribunal acaba de nos dar razão num processo em que a Victoria Seguros nos queria amordaçar.Recorde-se que O MIRANTE teve o azar de ver um dos seus carros abalroados num cruzamento em Almeirim por uma viatura segurada na Victoria Seguros. Já lá vão 10 meses e a viatura continua à nossa guarda, a indemnização não foi paga e, até hoje, o que há de mais significativo neste caso é um processo em tribunal em que a Seguradora nos pede uma choruda indemnização por eventuais prejuízos na sua imagem devido às nossas notícias sobre o acidente e a forma como todo este processo foi conduzido.A Direcção editorial de O MIRANTE está solidária com a administração de O MIRANTE desde a primeira hora e vamos continuar a dar notícias sobre este caso até à sua completa resolução. Sem medo do Poder económico da Victoria Seguros e confiando na justiça de uma indemnização que corresponda ao valor da viatura.Como os leitores perceberão a Victoria Seguros deve ter gasto, só neste pedido de Providência Cautelar, tendo em conta também a excelência do gabinete de advogados que contratou, o equivalente a uma pequena “fortuna” se compararmos com o que tinha a pagar na altura em que assumiu os prejuízos. Mas isso são contas de outro rosário. A diferença é muito menor entre a liberdade que a Constituição portuguesa nos dá de manifestarmos a nossa opinião e as atitudes da Victoria Seguros ao querer condicionar o nosso direito à opinião e à informação. JAE