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Misericórdia de Benavente vai construir lar em ambiente rural

Projecto prevê recuperação de edifício dos emissores da Raret
Um lar de idosos rodeado de sobreiros, vegetação rasteira, coelhos bravos, pássaros e cegonhas numa herdade onde se respira ar puro e longe da confusão da vila. É esta a proposta da Santa Casa da Misericórdia de Benavente que apresenta esta semana uma candidatura ao Programa Operacional Potencial Humano (POPH) no valor de 1,5 milhões de euros para construir um lar, aproveitando o edifício principal do antigo centro de emissores da Raret na Maxoqueira, Barrosa.Se a proposta for aprovada, o Estado assegura 60 por cento do financiamento, a Câmara Municipal de Benavente já garantiu 30 por cento e a instituição suportará o restante. “É uma oportunidade única para resolvermos este grave problema. Com este lar fica assegurada a resposta para a nossa população idosa”, afirma o Coronel Norte Jacinto, Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Benavente. O responsável garante que as obras irão avançar ainda este ano e o prazo previsto para a construção é de ano e meio.O plano inicial previu 60 camas, mas a segurança social exigiu a redução para 58 idosos, um número suficiente para acabar com a lista de espera. O projecto da autoria doa arquitecto Estêvão Calado prevê o aproveitamento dos dois pisos existentes e a criação de um terceiro. O lar será implementado numa propriedade com 156 hectares (área superior a mais de 200 campos de futebol) e aproveita os acessos, a zona envolvente e uma vedação que garante a segurança do espaço.“Vamos dar um salto em frente num projecto de qualidade para idosos de todas as condições sociais”, assegura o provedor.A área de construção é de 1563 m2 e a área coberta de 2246 m2. O lar vai ter quartos, individuais e duplos, equipados com casa de banho privativa e um pequeno espaço de estar. Haverá cozinha, refeitório, sala de estar, lavandaria, salas de arrumos, espaço para administrativos e gabinete médico com enfermaria. Não vai faltar um cabeleireiro “para cuidar do visual dos idosos e levantar a sua auto-estima”, com já acontece no actual lar que acolhe 63 idosos em regime de lar, sendo 15 do Centro de Acolhimento Temporário de Emergência a Idosos (CATEI). Espaço reservado pela segurança social para acolher idosos em risco e situações de emergência e onde a maioria dos utentes são de fora do concelho de Benavente. Segundo o provedor, o CATEI “transformou-se num grave problema para a instituição traduzido num défice de 40 mil euros no último ano” porque o valor que alguns utentes podem pagar não chega para fazer face às despesas suportadas pela Misericórdia. “Temos vocação para ajudar, mas não podemos estar a dar aos idosos de outros concelhos quando temos muitos em lista de espera”, conclui o responsável pela instituição que emprega 120 pessoas e gere um orçamento de 1,2 milhões de euros. Misericórdia prevê construir lares residenciais para rentabilizar património Depois de construído o lar de idosos na Maxoqueira, a Misericórdia pretende continuar a obra no local, aproveitando algumas infra-estruturas existentes e que foram danificadas e vandalizadas. Segundo o provedor está previsto o aproveitamento de antigas casas de função para transformar em residências para idosos que queiram e possam viver num espaço privado e com melhores condições. “Serão pessoas com outro nível de vida que podem pagar valores superiores e com essas receitas ajudam-nos a suprimir os défices que temos com os idosos que não podem pagar nada ou pagam um valor muito baixo”, explicou o provedor Norte Jacinto.

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