Implantes dentários
A melhor maneira de substituir um dente perdido é através de um implante dentário. Os implantes dentários têm estado em maior evidência nas questões colocadas pelos pacientes, sobretudo depois do reality-show “Doutor preciso de ajuda”, que veio divulgar as hipóteses de reabilitação oral mais actuais. Mas engana-se aquele que pensa que os implantes dentários surgiram nos últimos 10 ou 20 anos. Os primeiros implantes dentários foram feitos pelo Prof. Dr. P.I. Branemark, em Gotemburgo (Suécia) corria o ano de 1964.Desde então muitos tipos, formatos e técnicas para colocação de implantes dentários foram testadas e difundidas. Actualmente, os implantes dentários são feitos em titânio puro, metal altamente bio-compatível, leve e resistente, em forma de parafuso, e substituem as raízes dos dentes perdidos.Estes parafusos são colocados nos maxilares de maneira indolor, normalmente com anestesia local, igual àquela que se usa para tratar de um dente, e o pós-operatório geralmente corre sem dores. O dentista decidirá pelo uso ou não de sedativos, antibióticos, anti-inflamatórios e analgésicos, pré, trans ou pós cirúrgico de acordo com a complexidade do caso. Um bom acto cirúrgico depende de um bom planeamento, que deverá ser feito previamente com o auxílio de exames imagiológicos (Ortopantomografia e TAC), e enceramento de diagnóstico para aprovação do tratamento pelo paciente.A colocação de um implante através de uma cirurgia minimamente invasiva, é aquela em que não é necessário fazer grandes incisões na gengiva, apenas um pequenino orifício suficientemente largo para a passagem do implante. Todo o processo de colocação do implante é planeado virtualmente no computador, através de programas que utilizam as imagens digitais dos TACs para recriar os maxilares em 3D, e nesta figura 3D, são escolhidos os locais ideais e os tipos e tamanhos de implantes a colocar para que a prótese seja feita de maneira funcional e estética. Concluido o planeamento virtual, passa-se para a confecção de uma férula cirúrgica, que é uma guia que será usada na boca para a colocação dos implantes, levando assim a uma maior rapidez na realização da cirurgia, e maior conforto para o paciente, que ainda poderá levar a prótese provisória numa hora, no mesmo dia, ou ainda no dia seguinte.Actualmente as principais contra-indicações para colocação de um implante dentário são para pacientes que estejam a fazer tratamentos de quimioterapia ou radioterapia. Pacientes com má higiene oral ou fumadores compulsivos têm prognósticos menos favoráveis no que toca à sobrevivência do implante. Os implantes também podem falhar, mas a taxa de sucesso no maxilar superior é de aproximadamente 96%, e na mandíbula ronda os 99%, o que nos leva à melhor taxa de sucesso entre todas as cirurgias em todos os ramos da medicina!Outras complicações para colocação de implantes são os maxilares atróficos, muito reabsorvidos, ou grandes pneumatizações dos seios maxilares, porém existem soluções que o médico-dentista poderá avaliar, como enxertos ósseos, elevações do soalho do seio maxilar, uso de implantes inclinados e etc. Aconselho ao leitor ouvir a opinião do seu dentista. Ele fará sempre o melhor por si.Mas, antes de apenas recuperar dentes, a função primordial do médico-dentista é a prevenção dos problemas dento-esqueléticos, por isso recomendo aos pacientes que visitem semestralmente o seu dentista, e as crianças podem ser levadas ao odontopediatra tão logo surjam os primeiros dentes de leite.Uma cárie não tratada, presença de tártaro, mau posicionamento dentário, etc, são situações que podem levar a problemas muito maiores, e, por consequência, de resolução mais onerosa. Por isso não vale a pena “deixar andar”, vá ao seu médico dentista logo que perceba alguma situação anormal, ou então faça check-ups semestrais e tenha sempre um sorriso bonito, e saúde oral perfeita!*Médico Dentista, pós graduado em implantologia pela Universidade de Barcelona, Diploma in Implant Dentistry pela Universidade de Gotemburgo (Suécia), membro da SEOMI (Sociedad Española de Odontologia Minimamente Invasiva)
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