Duas estudantes na romaria da Lezíria Grande do Tejo
Jardineiras de ganga, sapatilhas, saco vermelho e ar descontraído. A caravana acaba de chegar à Ermida da Senhora de Alcamé, na Lezíria do Grande do Tejo, depois de um percurso de oito quilómetros desde o Cabo, debaixo de sol. A cerimónia religiosa faz ecoar preces que se misturam com o relinchar dos animais. De repente Isabel Nunes, 22 anos, lisboeta, assusta-se com um movimento brusco de um cavalo. São os estigmas de várias quedas. A estudante de enfermagem sabe montar, mas o receio tem falado mais alto. Prefere o conforto da charrete para acompanhar a romaria ao contrário de Erika Fernandes, 20 anos, que se arrisca no dorso de um cavalo branco. A estudante de artes passa a semana nas Caldas da Rainha, mas reside na Moita. Não é a devoção à Senhora de Alcamé o que motiva as duas jovens em romaria ao campo de Vila Franca de Xira, mas a paixão pelos cavalos. À hora do almoço partilham um caldo verde no almoço campestre no Cabo da Lezíria. Com o Tejo ali ao lado. Longe do bulício e da capital. Num local onde não se ouvem buzinas de automóveis nem há centros comerciais para visitar. Só campo e o rio. A perder de vista.
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