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Dançarte 2009 conquistou Alverca em noite de chuva

Dançarte 2009 conquistou Alverca em noite de chuva

Festival de dança e ginástica desportiva juntou centenas em Alverca

Centro Cultural do Bom Sucesso não chegou para as centenas que assistiram ao festival. Dançarinos e ginastas do distrito de Lisboa conquistaram o entusiasmo do público.

Foi com energia que o festival Dançarte 2009 se impôs, no último sábado, a uma noite muito chuvosa em Alverca. A mostra de dança e ginástica desportiva, que juntou várias dezenas de atletas e dançarinos da Área Metropolitana de Lisboa, encheu o Centro Cultural do Bom Sucesso e mereceu o aplauso entusiasmado de toda a assistência. Os “Nhacos”, grupo de danças africanas natural de Povos, Vila Franca de Xira, foram responsáveis por uma das actuações mais populares. Rapazes e raparigas, em pares ou a solo, mostraram como se dançam o funaná e o kuduro. Eles e elas, em pares com idades entre os 15 e os 18 anos, uniam os corpos, ondulando ancas e braços, fazendo do palco uma sala de baile preenchida e apelando à participação do público. “Já actuámos em vários locais e as pessoas gostam da forma como dançamos. Somos mais, mas não viemos todos porque não cabíamos”, contava a O MIRANTE Nádia Oliveira, 15 anos, antes de entrar em palco. Sónia Tavares, 23 anos, responsável pelos ensaios do grupo, não escondia o prazer de voltar a ver dançar o grupo recuperado, a convite do Centro Comunitário de Povos, três anos depois de o ver extinguir-se por falta de elementos. “Desta vez não danço com eles, mas costumo fazê-lo. É uma actividade que nos faz sentir bem e nos deixa aliviados”, contava a responsável. Na assistência, as expectativas eram elevadas desde o início. João Ramos, residente em Alverca, aguardava a actuação da sobrinha, pela Academia Paula Manso, do Centro Social do Bom Sucesso, de Alverca. “É a minha estreia nesta sala, mas é muito agradável e tem todas as condições para que tudo lhes corra bem”, garantia. Domingos e Graça Gomes, também de Alverca, chegaram à sala de espectáculos convencidos pela filha, e apesar de reconhecerem estar “pouco habituados a este tipo de espectáculos”, sublinhavam a importância de “haver mais pessoas novas nos grupos em as associações”, motivadas pelo desenvolvimento de actividades como a dança. Em cima do palco, a sucessão dos grupos de dança não sofria qualquer paragem. Da música moderna, ao trance, jazz, tango ou fado, os ritmos ditavam coreografias, guarda-roupa e jogos de luzes variados, com uma carga dramática em várias actuações. “Quando actuamos em palco é sempre diferente, sabe melhor. O grupo é o mais importante e a representação é feita com mais entusiasmo”, reconhecia Inês Joaquim, 22 anos, do Ginásio Clube Português. Em simultâneo, sem falhas, também as atletas do Sporting Cube de Portugal apelavam ao sentimento da audiência, recriando em coreografias músicas dos Abba.A caminho do final, entravam em palco grupos com participantes portadores de deficiência. A Cooperativa de São Pedro, de Barcarena, que nas primeiras actuações juntaram monitores e alunos numa coreografia repleta de véus, dispunha agora os seus jovens numa noite de dança ao som de música moderna. E no final, foi em cadeira de rodas que vários utentes do centro de recuperação de Alcoitão mostraram um bailado raro, em que os gestos dos braços e a passagem da posição deitada no chão para a sentada numa cadeira adquiriam a importância de um actor heróico. As palmas choveram, e foi já com o chão seco, lá fora, que o público abandonou a sala, comentando o espectáculo e deixando aos familiares e amigos os votos de parabéns, os abraços e os beijos.
Dançarte 2009 conquistou Alverca em noite de chuva

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