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Futuro de unidade de cuidados continuados gera dúvidas

Equipamento da Flamenga, Vialonga tem de estar pronto até 2011

Protocolo aprovado por PS e PSD em assembleia municipal. Utentes de fora do concelho podem ter prioridade na Unidade de Cuidados Continuados de Vialonga

A Unidade de Cuidados Continuados da Flamenga, Vialonga, está a gerar dúvidas quanto ao acesso dos utentes às instalações. O protocolo que cria a sociedade gestora da unidade, que mereceu os votos contra dos deputados da CDU e Bloco de Esquerda na Assembleia Municipal de Vila Franca de Xira, foi aprovada por PS e PSD deixa em claro vários aspectos do funcionamento do equipamento. O serviço efectivo aos utentes do concelho é uma das dúvidas que pairam no ar. Carlos Braga, deputado municipal da CDU, levantou a suspeita de que a unidade dará “preferência a quem tem melhores condições económicas, residindo ou não no concelho, no acesso às instalações”. O eleito comunista quis ainda perceber qual a entidade responsável por garantir que a unidade estará pronta até ao primeiro trimestre de 2011, prazo limite que consta do protocolo a assinar entre a sociedade Vila Livving, gerida pelo grupo El Nostrum, a câmara municipal e a fundação Cebi. A bancada do PS saiu em defesa da decisão tomada pela presidente de câmara, mas acabou por agravar as suspeitas sobre a capacidade da unidade de servir a zona em que ficará instalada. Patrícia Contreiras, assistente social de profissão, recordou que “na rede de cuidados continuados a admissão não é feita pela entidade promotora, mas por um banco nacional de vagas, que distribui os utentes”. Como exemplo, a socialista deu o caso de uma idosa de Arruda dos Vinhos, que por não ter condições de acolhimento, “pode ir parar a Alenquer ou Vila Real de Trás-os-Montes”. Se a intervenção permitiu defender a estabilidade do sistema de triagem face às influências económicas, levantou a possibilidade de a unidade, que poderá chegar às 150 camas, servir poucos utentes do concelho, dando prioridade aos de Lisboa. Recorde-se que, ainda em Março deste ano, a coordenadora da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), Inês Guerreiro, reconheceu à agência Lusa que a cobertura geográfica ainda está "mal distribuída", na área,. "Em Lisboa continua a haver uma grande lacuna nas respostas porque não temos número de prestadores suficientes”, disse a responsável, que acrescentou que existe uma grande concentração de idosos na cidade."A grande maioria dos bairros históricos de Lisboa tem 29 por cento de população envelhecida, que vive "presa" em casa e que, quando adoece, não pode voltar para a sua residência. Entre as dúvidas da oposição sobre a nova unidade está também a identidade da sociedade El Nostrum. Carlos Patrão, deputado do Bloco de Esquerda, notou que a referida sociedade não tem qualquer presença na Internet. A opção do Governo pelo abandono das parcerias publico-privadas em unidades de saúde, como no Hospital Amadora-Sintra, foi outro dos argumentos esgrimidos pela oposição. A presidente de câmara, Maria da Luz Rosinha, desvalorizou as críticas, evocando a experiência da sociedade El Nostrum em unidades de saúde como a Unidade de Cuidados Continuados de Arruda dos Vinhos e realçou o papael da fundação Cebi como “referência nacional e internacional” na área da saúde. “Não vamos hesitar em da uma resposta em termos sociais a uma população onde se inclui Vialonga”, garantiu a autarca. Mais equipamentos de Saúde a partir de JunhoA abertura do concurso público para a construção do novo Centro de Saúde de Vila Franca de Xira tem data marcada para Junho, anunciou Maria da Luz Rosinha. A presidente da câmara de Vila Franca garantiu que na segunda metade do ano, as obras deverão arrancar. A Unidade de Saúde de Alhandra verá também em Junho assinado . O protocolo com o Ministério da Saúde que prevê a sua construção. A empresa responsável pela construção do Hospital de Vila Franca de Xira deverá ser conhecida em Setembro, segundo dados do Ministério da Saúde, adiantou a autarca.

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