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Idália Moniz ajudou a desentupir manilhas e a enterrar mortos

Episódios da vida política de uma presidente de junta que chegou ao Governo

A secretária de Estado da Reabilitação foi a convidada de mais uma sessão do Fatias de Cá Bar É.

Ajudar a desentupir manilhas, a transportar pessoas ao médico e até a enterrar um morto (porque o coveiro estava ébrio) foram algumas das tarefas que Idália Moniz desempenhou enquanto foi presidente da Junta de Freguesia de Almoster (Santarém) entre 1999 e 2001. “Foi uma experiência inesquecível e o cargo executivo de que mais gostei”, confessou a secretária de Estado da Reabilitação na noite de quinta-feira, 21 de Maio, em Constância.Idália Moniz, 45 anos, foi a convidada de mais uma tertúlia Fatias de Cá Bar É e revelou sucintamente às cerca de quarenta pessoas presentes a sua ascensão meteórica no mundo da política, que começou como número quatro da lista do PS à Assembleia de Freguesia de Almoster nas eleições autárquicas de Dezembro de 1997. Longe estava de pensar que chegaria pouco tempo depois a presidente da junta. Mas as circunstâncias assim o ditaram. O desafio apanhou-a na praia. A família consentiu e avançou para o cargo.A partir daí foi sempre a subir. Foi vereadora na Câmara de Santarém até 2005, candidata nas listas do PS às eleições europeias, foi eleita deputada à Assembleia da República em 2005. Esteve no Parlamento um dia, tempo que levou José Sócrates a convidá-la para o Governo. É também eleita da Assembleia Municipal de Santarém e presidente da Assembleia da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo.Nada mau para quem não trilhou o caminho das juventudes partidárias e até meados da década de 90 era uma apagada militante socialista. Após ter passado por um problema grave de saúde de que se restabeleceu, entendeu que a vida tinha de ser vivida com mais intensidade e numa perspectiva de dádiva. Pensou em fazer voluntariado em hospitais. Entretanto aparece o convite para integrar a lista para a sua freguesia.A aspirante a cantora lírica dos sonhos de infância nasceu em Lisboa, no seio de uma família humilde oriunda de Almoster. O pai era funcionário da Carris e a mãe dedicava-se à costura. Fez a escola primária em Almoster e depois foi para Lisboa. Com esforço, os pais deixaram-na estudar música. Formou-se no conservatório, foi violinista em orquestras como a da RDP. Há cerca de 20 anos decidiu mudar de vida. Casada com o cantor e compositor Carlos Alberto Moniz, mãe de uma filha de 22 anos, do primeiro casamento, e de um rapaz de 14, tutela no Governo as matérias ligadas à família e protecção de menores. Tem uma vida agitada, as deslocações são constantes. A família é um suporte que ajuda a manter a disponibilidade para as funções governativas e também o porto de abrigo. Mesmo assim as suas ausências são cobradas: “O meu filho por vezes diz-me que ando por aí a falar das famílias dos outros e esqueço-me da família que tenho lá em casa”.Frei Bento Domingues é o próximo convidadoFrei Bento Domingues vai estar no Cine-Teatro de Constância na quinta-feira, 28 de Maio, cerca das 21h30, como convidado de mais uma tertúlia do Fatias de Cá Bar É. A iniciativa tem momentos de teatro a cargo dos Fatias de Cá, de uma intervenção do orador convidado, que responde também a perguntas da plateia, e ainda de intervalos para sobremesa, chá e café. Antes, quem quiser pode jantar com o orador num dos restaurantes da vila.

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