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Jorge Vital

Jorge Vital

Gerente do Banco Santander na Chamusca

Nasceu na Chamusca há quase 50 anos e nunca viveu noutra terra. Jorge Vital jogou futebol no Sporting, foi oficial na tropa, mas optou por uma carreira mais segura como bancário. Hoje gere o balcão do Banco Santander na sua Chamusca, conhece a maioria dos depositantes e confessa que alguns dos problemas dos clientes dormem consigo.

Entrei no banco através de um concurso, concorri e fui escolhido. Jogava futebol, mas optei por um emprego que me dava mais segurança e que me permitisse continuar a jogar como amador. Tenho trabalhado sempre na zona e actualmente estou a gerir o balcão da Chamusca.A imagem do estabelecimento é muito importante. Fizemos um investimento nas nossas instalações para criar melhores condições para os nossos clientes e para quem aqui trabalha e para estarmos na linha da frente. Vamos mudar em breve para as instalações remodeladas. Temos que nos preocupar com a nossa imagem e estar permanentemente a melhorar.A concorrência no sector da banca é importante, tal como noutros sectores, porque obriga-nos a estarmos despertos para vários factores e a acompanhar a evolução dos mercados. Temos de ter as melhores soluções para os nossos clientes.Joguei nos juniores do Sporting Clube de Portugal e tive vários convites para ser profissional. Ganhei bom dinheiro no futebol, mas num dado momento não quis arriscar e depois de ter jogado na II Divisão Nacional, na União de Santarém, Rio Maior e Cartaxo, optei por me dedicar ao banco.Chamusca é uma terra muito agradável para viver com um bom ambiente e uma grande proximidade com as pessoas. Não me imagino a viver noutro sítio porque sempre vivi aqui e construí uma relação forte com as pessoas e com esta terra. Gostava de ter mais vida associativa, mas ainda não arranjei tempo para dar ao voluntariado. Espero poder fazê-lo um dia. Gosto dos toiros e acompanhei o início dos Forcados Amadores da Chamusca, que a vila viveu com grande intensidade. As festas da Ascensão são um momento muito importante na vida desta terra porque é a oportunidade de nos encontramos com os amigos, revivermos outros tempos e convivermos à volta de um copo e de um petisco.A abertura do concelho da Chamusca para receber os aterros de resíduos perigosos foi positiva porque criou emprego e desenvolvimento e teve em conta as preocupações ambientais que devem manter-se, salvaguardando algum, eventual, impacto negativo. Ter o dinheiro debaixo do colchão não é uma boa medida. Para além de ser pouco higiénico, é inseguro. Os bancos oferecem garantias. Entendo que depois do que se passou, haja algum receio, mas não há razão para desconfiança em bancos com provas dadas e que têm que defender o seu nome na praça. Já tive que lidar com situações muito complicadas quando tive de dizer não a alguns amigos que estavam em dificuldades. Tento separar as coisas, mas não gosto de ver ninguém passar mal e muito menos pessoas que sempre foram sérias e trabalhadoras. Lidamos com muitas situações difíceis de pessoas que viviam bem e ficaram sem nada. Tento não levar os problemas do banco e dos clientes para casa, mas não consigo. Há situações que mexem muito comigo, mas, por vezes, não podemos fazer nada. As decisões são tomadas a um nível superior. Sempre que há solução, procuramos ajudar porque não nos agrada ver clientes em situações complicadas.Gosto imenso de estar em casa a ver televisão, percorrendo os vários canais. A informação e o desporto são as minhas áreas preferidas. Continuo a jogar futebol com os amigos e os jogos têm sempre três partes. A terceira também é muito boa, às vezes é a melhor.Nelson Silva Lopes
Jorge Vital

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