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Câmara do Cartaxo põe Campo da Feira à venda por seis milhões

Câmara do Cartaxo põe Campo da Feira à venda por seis milhões

No espaço a autarquia pretende construir um parque urbano

A Feira dos Santos será deslocalizada para o sítio do Pedregal, a cerca de um quilómetro de distância do local onde se tem realizado.

A Câmara Municipal do Cartaxo autorizou um negócio tripartido que vai permitir vender os terrenos do Campo da Feira, deslocalizar a Feira dos Santos para cerca de um quilómetro de distância e o parque de máquinas da autarquia para um terreno em frente à Adega Cooperativa do Cartaxo, na saída da cidade para Pontével. No caso do chamado Campo da Feira, onde anualmente se realiza a Feira dos Santos, a autarquia estabeleceu um preço base de alienação do terreno de seis milhões de euros, correspondentes a uma área de oito hectares. O presidente da Câmara do Cartaxo, Paulo Caldas (PS), pretende que ali seja erguido um parque urbano com cerca de 400 fogos, com zonas de lazer e até um health center ou bolsa de escritórios.“Uma construção de baixa cércea, com edifícios que obedeçam a critérios de urbanismo de qualidade, enquadrados num campus cívico que respeite a memória do lugar, assim como a existência de espaços verdes e de lazer, são condições essenciais e das quais não abdicaremos”, garante Paulo Caldas. Em contrapartida a Feira dos Santos será deslocalizada para cerca de um quilómetro de distância, para o sítio do Pedregal, perto da segunda rotunda da Alameda Norte para quem sai do estádio municipal. O executivo municipal aprovou a compra de um terreno de seis hectares por 150 mil euros. No que foi considerado um excelente negócio pelo presidente da câmara, o novo espaço irá acolher os mercados mensais, a Feira dos Santos e outros eventos, em condições de higiene que dignifiquem o trabalho dos vendedores e permitam aos visitantes frequentá-lo em segurança e com fácil acessibilidade. O espaço fica junto à variante à EN3 e liga com o nó directo de acesso à A1. Ficará ainda a cerca de 800 metros do complexo da Quinta das Pratas e do futuro pavilhão multiusos. A câmara, garante o autarca, vai também criar condições de estacionamento que sirvam, de forma prática e acessível, o novo espaço de feiras.O vereador da CDU, Mário Júlio Reis, manifestou-se contra a deslocalização da Feira dos Santos para um espaço exterior à cidade, considerando que muitas pessoas poderão deixar de fazer o trajecto que, até à data, é feito para o centro da cidade. “Defendo que seja feita uma consulta pública nesta matéria” sugeriu o autarca, lembrando o caso de Santarém com o Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA).Manuel Jarego (PSD) concorda com a requalificação do espaço do Campo da Feira, com a retirada do parque de máquinas e com a venda do terreno, mas justificou a sua abstenção por não possuir dados sobre como se chegou ao preço base da alienação. A proposta foi assim aprovada por maioria com os votos favoráveis dos eleitos do PS.Paulo Caldas disse ainda que a verba que resultar da venda do Campo de Feira irá ser aplicada em pagamento de investimentos da câmara e de outros investimentos apoiados por fundos comunitários.A área ocupada por uma unidade de fabrico de pão ali existente irá ser integrada no projecto do parque urbano. A seu tempo, diz Caldas, o assunto irá ser tratado com o proprietário. Quanto ao pavilhão de exposições, vai manter-se como está até o pavilhão multiusos estar construído.Parque de máquinas deslocalizado para arredores do CartaxoLocalizado no topo do Campo da Feira, o parque de máquinas da câmara também vai mudar de lugar. O espaço irá ser ocupado por parte do parque urbano que ali vier a crescer e o parque de máquinas será transferido para um terreno junto à variante à Estrada Nacional 365-2, para Pontével, em frente às instalações da Adega Cooperativa do Cartaxo.A autarquia vai pagar 700 mil euros por um terreno no sítio do Sisudo com cerca de um hectare que já está equipado e infra-estruturado devido à presença anterior de uma unidade industrial. Garante o autarca que não será necessário fazer qualquer investimento e justifica a aposta com a mudança de instalações que estão degradadas e no meio da cidade. Paulo Caldas diz que vai pagar o terreno com o acordo de pagamento com o Santander-Totta, entidade que liquidará a verba de imediato ao proprietário e que ficará a receber uma mensalidade da autarquia durante três a quatro anos.
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