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Projecto EmpCriança desenvolvido junto de alunos do quarto ano

Iniciativa da NERSANT para incentivar interesse pela actividade empresarial

Projecto desenvolvido na Chamusca, Cartaxo e Almeirim em conjunto com a Iberscal, Torreschange e Escola Superior de Educação de Santarém.

Na última carteira da sala Tomás Montargil não perde pitada do que a professora vai falando e tem respostas e soluções para cada questão. Na aula debatem-se as conclusões sobre o que é ser empresário e como funciona uma empresa. Aos nove anos Tomás não tem dúvidas: quando for grande quer ser “bussiness executive”. E já mostra a sua veia de empresário.Há uns meses foi ao café da loja em frente à sua escola, a EB 2,3 da Chamusca, e comprou um pacote de gomas por cinco cêntimos. Depois vendeu cada uma a dez cêntimos, aos colegas da escola. “Foi um óptimo negócio. Além de ter vendido todas as gomas ainda fiquei com o dobro do dinheiro que gastei”, explica o jovem empresário a O MIRANTE.Tomás foi um dos cerca de oitenta alunos do quarto ano das escolas de Chamusca, Almeirim e Cartaxo que participaram no projecto EmpCriança desenvolvido e organizado pela NERSANT em conjunto com a Iberscal, Torreschange e Escola Superior de Educação de Santarém.O objectivo desta iniciativa - que funcionou este ano a título experimental e que foi objecto de um protocolo assinado em 2008 com o Ministério da Educação – tem como principal objectivo sensibilizar as crianças da região para o empreendedorismo e actividade empresarial.Durante as dez aulas que durou este projecto as crianças debateram temas como “A Empresa”, “O Marketing”, “O Lucro” e “Como é ser empresário”. Uns mostraram mais apetência para a profissão do que outros. Na quarta-feira, 17 de Junho, dia da última aula, foi tempo de conclusões. Em conjunto com a professora do primeiro ciclo Vânia Botequim, que os acompanhou durante este projecto, os alunos reviram algumas respostas dadas na primeira aula.Para alguns ser empresário é “muito complicado porque tem que se gerir tudo, assinar muitos papéis e é preciso ser muito rico”, ou “ser empresário pode ser assustador e cansativo porque dá muito trabalho”. Beatriz também mostrou o seu lado de empresária.Despachada e comunicadora, a aluna do quarto ano da Chamusca fez questão de mostrar o que é necessário para se ser um bom empresário. “Para uma empresa ter sucesso é muito importante que os responsáveis reúnam com regularidade para verem o que está a funcionar mal para melhorar a estratégia da sua empresa”, afirmou convicta, acrescentando que ainda não tem a certeza do que quer ser quando crescer mas não coloca de parte a hipótese de se tornar empresária. Qualidades não lhe faltam.A professora que liderou este projecto, Vânia Botequim, mostrou-se muito satisfeita com os resultados alcançados. “Este ano foi o projecto-piloto onde tivemos menos tempo para realizarmos todas as tarefas que pretendíamos para o saldo é francamente positivo. As crianças ficaram muitos entusiasmadas com a ideia e entenderam muitas noções que não são fáceis para muitos adultos entenderem quanto mais crianças de nove anos. Mas eles interiorizaram muito bem a matéria o que nos leva a concluir que este é um projecto com pernas para andar. Temos é que ter mais tempo para desenvolvermos as aulas com calma”, explicou a professora do primeiro ciclo.Ao abordarem o tema de Marketing e Publicidade, e ao saberem que na sala de aula estava uma repórter de O MIRANTE, os alunos quiseram saber como é que um jornal, sendo um meio de fazer publicidade divulga a sua própria empresa. O repórter do jornal inverteu o seu habitual papel de ser ele a questionar e viu-se na obrigação de satisfazer a curiosidade dos empresários de palmo e meio.

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