
Museu Nacional Ferroviário quer ser uma referência internacional
Jorge Custódio tomou posse esta quarta-feira como director do espaço museológico
O novo director do Museu Nacional Ferroviário (MNF), no Entroncamento, quer “afirmar o MNF no contexto da museologia portuguesa e da museologia ferroviária internacional”. Jorge Custódio iniciou deste modo o seu discurso de tomada de posse do cargo, que assumiu lugar na manhã de quarta-feira, 24 de Junho, defendendo um museu “onde o património possa interagir com a própria população”.O responsável referiu que “aceitou o desafio” de dirigir um museu que classifica como “uma vertigem” dado que é composto por mais de 24 mil objectos móveis, incorporados no património museológico, e que “urge descodificar e valorizar para devolver ao público a cultura ferroviária e social” dos caminhos-de-ferro. Do plano de actividades apresentado para o triénio 2010-2013 destaca-se a produção e apresentação do regulamento interno do MNF e dos respectivos núcleos museológicos e ainda a adesão à Rede Portuguesa dos Museus, uma iniciativa que decorrerá da articulação entre o MNF e os serviços técnicos da Fundação. O plano prevê ainda dar continuidade à construção do Museu, promovendo a ligação entre os espaços actualmente abertos ao público e a Central Eléctrica, uma obra dos anos 20 que deverá ser integrada como espaço público do museu. Outro dos objectivos passa pela criação da “Porta de Entrada” do MNF, em Lisboa, com uma exposição permanente subordinada ao tema: “O caminho-de-ferro e o turismo” com o intuito de dar visibilidade ao museu em todas as suas vertentes. A criação de um novo site do MNF, a colocação de sinalização de referência na A23 e a divulgação da existência do MNF no interior das composições em circulação por todo o país são algumas das estratégias de divulgação do MNF. Jorge Custódio defende um Museu Nacional Ferroviário como instituição de interesse público, “no qual o património é constituído pela própria população em circulação”. O responsável frisa que é urgente aproximar o museu dos utentes dos caminhos-de-ferro e conduzir a que se interroguem sobre a sua própria realidade enquanto utilizadores regulares do meio de transporte que é o comboio. O novo director quer que o público compreenda melhor o papel social e cultural da museologia, do património ferroviário e dos caminhos-de-ferro na sua história individual e colectiva. “Um museu deste tipo não é apenas um museu das técnicas e dos transportes. É um museu do sentimento”, concluiu após o que foi felicitado por todos os presentes, entre os quais o presidente da Câmara do Entroncamento, Jaime Ramos, que considerou Jorge Custódio como “o melhor profissional” que o MNF poderia ter como director.

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