O Convento de São Francisco, em Santarém, vai fechar em Novembro para obras que se prevê demorem um mês. Os trabalhos visam dotar o espaço de condições de segurança que ainda não estão acauteladas, apesar do monumento estar aberto ao público. A colocação de placas de acrílico transparente em alguns espaços do convento, de modo a impedir que os visitantes toquem nas peças expostas é uma delas.Nesta altura estão também a ser escolhidas peças de arte, nomeadamente esculturas que tenham ligação ao monumento, que serão colocadas no local para criar mais atractivos.Quando reabrir ao público as visitas passam a ser pagas. Os valores dos bilhetes ainda não foram aprovados mas a intenção é cobrar cinco euros aos visitantes a partir dos 12 anos e um euro às crianças entre seis e 12 anos. As receitas serão utilizadas na manutenção. O presidente da Câmara de Santarém, Moita Flores, deseja que o monumento passe a acolher espectáculos e disse a O MIRANTE que está a negociar uma parceria com o Teatro São Carlos para que alguns espectáculos que passam por aquela sala de espectáculos de Lisboa possam também ser apresentados no Convento de São Francisco. O monumento esteve encerrado durante muitos anos. Foi alvo de melhoramentos para acolher o jantar oficial oferecido pelo Presidente da República, Cavaco Silva, na noite de 9 de Junho, no âmbito das comemorações em Santarém do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades. Aproveitando a situação a Câmara de Santarém, que gastou nos trabalhos de requalificação cerca de 700 mil euros, instalou uma recepção no edifício ao lado do convento e que dá acesso ao seu interior e no dia 24 de Julho abriu o espaço ao público. As visitas são de quarta-feira a domingo, das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30. Está previsto, segundo o presidente da câmara, realizarem-se também visitas às sextas-feiras e sábados até às 22h00, mas tal não acontece nesta altura. O Convento de São Francisco está classificado como monumento nacional desde 1917. Datado do século XIII, começou por albergar os Franciscanos. Foi ainda local de realização das cortes e também hospital da Ordem. Após a extinção das ordens religiosas em Portugal, no século XIX, o monumento recebeu um regimento de cavalaria, passando no século XX a integrar as instalações da Escola Prática de Cavalaria.