O Carregado a jogar no municipal da “Capital do Vinho”, casa emprestada devido à falta de condições do Campo José Lacerda Pinto Barreiros desperdiçou uma grande penalidade, logo nos primeiros minutos, e saiu derrotada do “baptismo”, depois de ter jogado toda a segunda parte reduzida a dez elementos em campo. A primeira parte da equipa do Carregado foi empolgante. A equipa que fazia a sua estreia, subjugou o seu experiente adversário, surpreendendo tudo e todos. Construiu boas oportunidades para marcar e aos 14 minutos Mauro Bastos foi derrubado na área pelo guarda-redes Diego.Na conversão do castigo máximo, o avançado Bacari, atirou muito mal, com pouca força e denunciado, permitindo a defesa do guarda-redes Diego, que tinha cometido falta sobre Mauro Bastos.Dez minutos depois, o mesmo Bacari voltou a incomodar o guarda-redes serrano, com quem jogou na última época no Ribeirão, com um remate cruzado da direita, mas voltou a colocar pouca força no remate. A equipa da Covilhã apenas conseguiu acercar-se da baliza contrária aos 44 minutos, quando Beré conquistou a ala esquerda e cruzou para o cabeceamento de Pizzi, que saiu ligeiramente ao lado da baliza. No reatamento, o Carregado, mesmo em inferioridade numérica depois de João Pedro ter sido expulso por acumulação de amarelos na última jogada da primeira parte, por ter simulado uma grande penalidade conseguiu ser mais ofensivo, sem sucesso. Aos 59 minutos, o Sporting da Covilhã inaugurou o marcador, com um golo na própria baliza de Tiago Rente, que desviou deficientemente um livre cobrado por Josué, na ala direita do ataque serrano. Em vantagem, a equipa comandada por João Eusébio passou a dominar a posse de bola e a visar mais regularmente a baliza de Hugo Félix, que foi obrigado a ceder canto, após um potente remate de Paulo Vaz, aos 69 minutos. Já em período de compensação, Miguel Rosa conseguiu isolar-se mas, frente ao guarda-redes serrano, rematou ao lado. A derrota do Carregado na sua estreia no futebol profissional foi injusta, e fruto a inexperiência da equipa nestas andanças, mas a equipa deixou excelentes indicações para o futuro. Neste jogo, bem arbitrado pelo árbitro setubalense, Bruno Paixão, as equipas alinharam: Carregado: Hugo Félix, Moisão, Topê, Diogo, João Pedro, Tomaz (Sérgio Nunes, 79), Miguel Rosa, Mário Sérgio, Tiago Rente (Pedro Dionísio, 75), Mauro Bastos e Bacari (Ganhão, 46)Sporting da Covilhã: Diego, Fábio Ervões, Steven Vitória, Edgar, Machado, Milton (Paulo Vaz, 46), Josué (Dani, 77), Zezinho, Pizzi, Beré (Dagil, 46) e Pedro Ribeiro.“A equipa está tranquila. Os jogadores estão a trabalhar bem para esta prova, que é mais exigente. Temos ainda alguns jogadores que não puderam jogar e que podem trazer mais valia à equipa. Acredito no valor e na força de vontade do grupo, por isso acredito que mesmo com todas as dificuldades de termos que jogar fora todas as jornadas, vamos conseguir dar boas alegrias aos nossos adeptos”O treinador do Carregado, João Sousa, estava satisfeito com a equipa e contrariado com o resultadoNo final do jogo, o técnico da Associação Desportiva do Carregado, João Sousa mostrava satisfação com o comportamento da sua equipa. “Nem parecia uma equipa que se estreava no futebol profissional”, disse.No entanto não deixou de apontar a falta de experiência do Carregado para justificar a estreia pouco feliz nas competições profissionais. Embora tenha dito que a forma como a sua equipa encarou o jogo o deixou satisfeito também, recordou os erros que estiveram na origem da derrota. Bacari falhou uma grande penalidade aos 14 minutos, João Pedro viu ordem de expulsão aos 44 minutos, “por uma infantilidade” e a derrota foi consumada através de um autogolo de Tiago Rente aos 58 minutos. “Numa altura em que o Covilhã tinha chegado apenas duas vezes com perigo à nossa baliza”.Na opinião do treinador, de 49 anos, os ribatejanos necessitam de se adaptar a esta nova realidade do clube: “A equipa ainda é muito inexperiente. Muito já fizeram os jogadores só com duas semanas de trabalho. Quando se fala de inexperiência, refiro-me à Liga Vitalis, pois já jogam há muito tempo”. O técnico está optimista em relação à prestação da Associação Desportiva do Carregado nesta estreia nos escalões profissionais: “A equipa está tranquila. Os jogadores estão a trabalhar bem para esta prova, que é mais exigente. Temos ainda alguns jogadores que não puderam jogar e que podem trazer mais valia à equipa. Acredito no valor e na força de vontade do grupo, por isso acredito que mesmo com todas as dificuldades de termos que jogar fora todas as jornadas, vamos conseguir dar boas alegrias aos adeptos da Associação Desportiva do Carregado”, disse João Sousa.