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Santarém recebe mais para águas e saneamento do que se tivesse ficado na “Águas do Ribatejo”

A empresa municipal Águas de Santarém (AS) viu aprovada uma candidatura a fundos comunitários no valor total de 9 milhões de euros para obras de saneamento básico. A empresa vai obter de apoios da União Europeia 6,8 milhões de euros e já contratou com o BPI um empréstimo no valor de três milhões de euros para assegurar a sua parte no custo das obras. O montante de financiamento europeu agora obtido é superior ao que a Águas do Ribatejo, empresa intermunicipal liderada pela Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT), pretendia dar a Santarém se a autarquia não tivesse saído deste sistema. Recorde-se que a Águas do Ribatejo reservavam 6,7 milhões de investimento para o concelho de Santarém. Para o presidente do conselho de administração da AS e presidente da câmara, Moita Flores (PSD), a aprovação da candidatura é “uma grande vitória que prova a justeza dos princípios assumidos” pelo município. O dinheiro vai ser empregue na construção de novas Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) em Alcanede, Póvoa de Santarém, Pernes e Amiais de Baixo. Bem como no alargamento da rede de esgotos às localidades de Póvoa das Mós, Arneiro das Milhariças, Casais das Milhariças e Amiais de Cima. Para Alcanede, que não dispõe de esgotos, está também prevista a construção da rede de saneamento em quase toda a localidade. Na conferência de imprensa em que foi divulgada a aprovação da candidatura, na terça-feira à tarde, Moita Flores lembrou a guerra que o opôs à CIMLT e que o levou a sair da Águas do Ribatejo. Recordando que Santarém ia entrar para a empresa com um património avaliado em 30 milhões de euros e só ia receber investimentos de 6,7 milhões. E destacou que a CIMLT na altura dizia que Santarém tinha um dever de solidariedade para com os outros municípios da Lezíria. “O nosso primeiro acto de solidariedade é para com aqueles que vivem no concelho, preservando o nosso património”, realçou. Moita Flores realçou também que as obras em causa têm uma grande importância ambiental, porque vão reduzir os impactos no rio Alviela. O autarca referiu ainda que quando 49 por cento das AS forem alienados a um parceiro privado a empresa será “a mais poderosa do sector das águas na região”. Sobre a escolha do privado esclareceu que o júri do concurso vai apresentar a classificação dos concorrentes até final do mês, mas a decisão sobre o que vai ser escolhido vai ficar para depois das eleições autárquicas. Para Moita Flores, a aprovação da candidatura é a prova de que a Câmara de Santarém estava certa quando decidiu abandonar o projecto das Águas do Ribatejo, criticando quem questionou a decisão. Aproveitou a oportunidade para mais uma vez tecer duras críticas aos responsáveis da CIMLT. “Conseguiram, com cumplicidades devassas no Ministério do Ambiente, que fosse forjado um despacho falso que informava o senhor ministro do ambiente que informava que Santarém e o Cartaxo tinham saído da comunidade e por isso não havia sustentação para receberem fundos comunitários”.

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