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Misericórdias dizem ser “fatal” aumento da procura de apoio com subida do desemprego

O presidente da União das Misericórdias Portuguesas considera que é “fatal” a relação entre o aumento do desemprego e a subida da procura de apoio social. Comentando à Lusa o aumento da taxa de desemprego em Portugal, que no segundo trimestre de 2009 atingiu os 9,1 por cento, Manuel Lemos realçou que “a procura de ajuda pelas pessoas no sector social, em geral, e nas misericórdias, em particular, tem sido recorrente ao longo deste ano”.A crise tem mantido a procura de apoio em “níveis elevados”, verificando por “muita gente a querer entregar os idosos, muita gente a pedir dispensa do pagamento das creches e jardins-de-infância, muita gente a procurar alimentação nas cozinhas sociais”, exemplifica. “Se o desemprego aumenta, aumenta a procura, isso é fatal”, frisa.O responsável notou ainda que os números económicos divulgados dia 13 de Agosto “mostram uma retoma muito ténue” e confirmam o que o sector social tem dito: “Muitas vezes a retoma não toca a todos e não quer dizer diminuição do desemprego.” Manuel Lemos insiste ainda na necessidade de “alterar o paradigma do desenvolvimento”, ao não se poder “confundir desenvolvimento económico com combate à pobreza, com emprego e com satisfação das pessoas”.A resposta das misericórdias a estas solicitações passa pela própria “sustentabilidade” do organismo. “As misericórdias têm feito um esforço brutal para, sem quebra, responder. Aqui e ali esperavam do Governo maior cooperação”, critica. Manuel Lemos lamenta, por exemplo, que o Ministério da Economia tenha recusado o projecto das misericórdias para “explorarem energia fotovoltaica para que lares, creches e cozinhas tivessem energia mais barata” com condições semelhantes às previstas para o parque escolar.O responsável diz que a decisão não foi justificada e que lhe foi proposto, em alternativa, que os locais se “ligassem às águas quentes, que é uma solução ultrapassada e que não resolve o problema e obriga a investimentos muito altos”.“O que faz sentido, o que é moderno e que o próprio Estado está a fazer, por exemplo, no parque escolar, é montar painéis fotovoltaicos e nós só queríamos um tratamento igual para baixarmos os custos e atendermos as pessoas”, argumenta.

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