uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante

Moita Flores espera manter apoio do PSD na candidatura autárquica em Santarém

Autarca diz que não vai votar em Manuela Ferreira Leite nas legislativas
O presidente da Câmara Municipal de Santarém espera continuar de “boas relações” com o PSD em Santarém e manter o apoio do partido na sua recandidatura à autarquia, depois de ter dito que não votará em Manuela Ferreira Leite nas próximas eleições legislativas. “Uma coisa não invalida a outra espero eu”, afirma o autarca.Em entrevista ao semanário “Expresso”, Francisco Moita Flores garante que não votará em Manuela Ferreira Leite, nem fará campanha por Pacheco Pereira, cabeça de lista do PSD por Santarém nas próximas legislativas, e acusa a líder social-democrata de “não ter tido a grandeza” de entregar a política aos mais novos.“Nas próprias listas de Ferreira Leite há candidatos a deputados que apoiam adversários do PSD na Câmara de Lisboa. Ainda existem resquícios de pluralidade dentro do PSD”, afirmou Moita Flores, referindo-se a Maria José Nogueira Pinto, número quatro pelo PSD em Lisboa, mas que apoia António Costa nas autárquicas.O autarca, que garante ter votado PSD nas europeias de Junho, defende que o facto de “estar desgostoso” com o partido “não pode de maneira nenhuma ser punido”, até porque não é militante. “A única ligação que eu tenho com o PSD é o compromisso de honrar o PSD em Santarém, de levar Santarém para um patamar de competitividade grande e de entregar esta câmara ao PSD um dia que me vá embora”, disse.Lembrando que, desde que assumiu o mandato na Câmara de Santarém como independente com o apoio do PSD, “já passaram cinco presidentes do partido”, Moita Flores diz estar sempre à espera que volte “o tempo de grandeza, liberdade e tolerância” que o fascinou no PSD.“Mais do que um ou outro nome, foi isto que me deixou triste e magoado. Se calhar fui eu que pensei que o PSD ia pôr a fasquia muito alta, e não, isto pariu um rato, voltou-se ao velho ciclo das perseguições, às velhas justificações morais para defender situações menos claras em termos judiciais”, disse.Moita Flores disse ainda estar “muito preocupado e até assustado com as ameaças de fim do investimento público” que considera caracterizarem a actual direcção do PSD. “Santarém sem investimento público é uma autarquia que fica muito aflita”, disse. Ainda assim, o autarca considera que vai manter as “boas relações” com o PSD em Santarém.O líder da distrital social-democrata de Santarém, Vasco Cunha, já sublinhou que Moita Flores é um “independente, que não tem nenhum compromisso ou obrigação de disciplina em relação ao partido” e assegurou que não está em causa o apoio do partido ao candidato que ajudou o PSD a conquistar, em 2005, uma autarquia desde sempre dominada pelos socialistas.

Mais Notícias

    A carregar...