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As cavalhadas de Vialonga são tradição com futuro

As cavalhadas de Vialonga são tradição com futuro

O pónei não participa nos concursos de cavalhadas, mas Manuel dos Santos (à esquerda) garante que ainda vai fazer “umas brincadeiras” em corrida com o trem. “Vou para todo o lado a cavalo”, assegura. “A tradição das cavalhadas em Vialonga já vem de há mais de cem anos. O meu pai e os meus irmãos já as organizavam e só durante dois anos não se fizeram”, conta o vialonguense, 75 anos, um dos organizadores. A data, manda a tradição, é a das festas em honra de Nossa Senhora da Assunção. Desta vez, as cavalhadas ficam para domingo. No espaço da várzea de Vialonga, ao final do dia, juntam-se várias dezenas de amantes das provas a cavalo, jovens e mais velhos, naturais da freguesia e de concelhos como Loures, Sintra ou Sobral de Monte Agraço. “Vou à terra deles e eles vêm à minha”, explica Manuel dos Santos. Ao lado, o neto, Bruno, de dois anos, aproveita o passeio ao pôr-do-sol. Nas provas os cavaleiros têm dez corridas para, com um arpão, tentar trespassar um objecto redondo preso a um saco de batatas suspenso no ar. Cada corrida bem sucedida vale uma galinha e, no final, quem mais galinhas tiver ganho leva para casa um borrego. Zé da Bica, 49 anos, outros dos organizadores “gosta de ajudar os bombeiros” e explica que as receitas das inscrições revertem para a corporação “embora às vezes mal cheguem para cobrir a despesa”. Uma outra prova no mesmo dia, no concelho de Loures, divide as atenções com a de Vialonga. O convívio é quem mais ordena. Mas sem a grandeza de outros tempos. “Antigamente no final fazia-se uma corrida com 30 ou 40 cavalos”, recorda. Ricardo Leal Lemos
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