O elevador de um prédio em Vila Franca de Xira caiu de um rés-do-chão para a subcave com quatro adultos e duas crianças no seu interior. O acidente ocorreu sábado, 21 de Agosto, ao início da noite, não houvendo feridos a registar. Residem todos no rés-do-chão do n.º 14 da Praceta Jornal Vida Ribatejana, e preparavam-se para descer à subcave quando a cabine do ascensor, que tinha sido reparado há duas semanas, caiu abruptamente. Svitlana Protskova, Oleg Kukar, Natalia Papucha e Stepan Lendel, cidadãos ucranianos residentes em Portugal, e as duas crianças, não ganharam para o susto. Após a queda do ascensor estiveram cerca de meia hora fechados até que os vizinhos ouviram os gritos de socorro e os ajudaram a sair. “Estava muito calor e como a cabine não tem ventilação, tornava-se difícil respirar. Tivemos de tirar a roupa às crianças para não sufocarem”, conta Natalia Papucha. Os Bombeiros Voluntários de Vila Franca de Xira foram chamados mas não foi necessária a sua intervenção. O elevador tinha sido selado em Novembro de 2008, após uma inspecção da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, que concluiu que o equipamento não respeitava as condições de segurança exigidas. A empresa CREL, responsável pela manutenção do elevador, fez a reparação do ascensor e colocou também de portas novas. O MIRANTE tentou contactar a empresa de manutenção de elevadores, mas não foi possivel obter qualquer informação sobre a ocorrência. A Câmara Municipal de Vila Franca de Xira confirmou que o elevador foi selado no ano passado, por “razões que colocavam manifestamente em risco a segurança dos seus utilizadores”. Em maio deste ano, a autarquia enviou um ofício à administração do prédio para saber desenvolvimentos sobre o processo de reparação. De acordo com a autarquia, ainda não foi solicitada qualquer inspecção ao equipamento desde então, acto que deve ser efectuado pela empresa de manutenção de elevadores, ou pelo condomínio. Recorde-se quem em 2003, uma avaria no sistema de segurança do elevador da Câmara do Cartaxo provocou a queda no vazio de um funcionário da autarquia, que acabou por morreu. António Leandro, com 57 anos na altura, chamou o elevador no primeiro andar, abriu a porta e precipitou-se no vazio porque o ascensor estava preso no andar superior.