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Nuno Ramos

Nuno Ramos

49 anos, empresário, Póvoa de Santa Iria

“Quase não utilizo o sistema público [de saúde] porque lá o utente é tratado como um animal e os médicos receitam tudo menos aquilo que é preciso. Há mais consciência dos médicos nos sistemas privados e, em caso de internamento, a atenção do médico é realmente diferente”.

Já faz sentido falar na retoma?Nunca houve crise. A crise foi fabricada pelos jornais, é uma crise dos “grandes”, tanto que estes já dizem que passou e o dinheiro começa a circular. Como se começaram a aperceber disso disseram que acabou a recessão. Começa e acaba quando querem. Foi uma forma económica de se fechar empresas e lançar pessoas no desemprego. Não é por não venderem. Como encara a Gripe A?É mais uma doença, igual a outras, com que se alarmam as pessoas. É recente, foi descoberta e pode ser mais forte que as tradicionais. Tem uma forma de contágio diferente. Há interesse em vender máscaras e toalhetes com álcool. Saúde pública ou privada?A saúde deve ser toda privada. Ao optar por um plano de saúde, opta-se de acordo com cada bolsa. O pagamento obrigatório à Segurança Social serve para tapar o “buraco” dos dinheiros mal gastos. Quase não utilizo o sistema público porque lá o utente é tratado como um animal e os médicos receitam tudo menos aquilo que é preciso. Há mais consciência dos médicos nos sistemas privados e, em caso de internamento, a atenção do médico é realmente diferente. Vai votar nas eleições legislativas?Vou. E sou levado a votar pela insatisfação. Voto com a convicção de que tem que acontecer uma mudança no país.Os jantares e comícios resultam?Não. As pessoas sabem o que querem. Só é enganado quem quer. As pessoas que se candidatam são sempre as mesmas, mas com novas promessas. Por isso temos de optar e pensar pela nossa cabeça. Como olha para a evolução do sistema educativo?Tem vindo a tornar-se um caos. Os professores deixaram de ser professores. Querem que façam tudo menos dar aulas. Exigem a elaboração de relatórios e o preenchimento de imensos formulários em vez de se apostar na formação. O ensino está em decadência. Para os alunos há cada vez menos matérias para aprender e o grau de exigência é cada vez mais baixo. Vê-se pelas asneiras que os engenheiros formados há pouco tempo cometem nas obras. Como analisa a situação da zona ribeirinha?Se em vez de ser utilizada para habitação fosse explorada com fins turísticos seria melhor. Não estamos a falar necessariamente de um Parque das Nações, mas de uma área com restauração, espaços de lazer, para passear e andar de bicicleta, entre outras actividades. E em relação aos centros históricos?Deve manter-se a fachada mas recuperar todo o interior dessas casas.
Nuno Ramos

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