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Investigador defende agravamento das tarifas da água a quem consome mais do que precisa

O investigador da Universidade de Saragoça Pedro Arrojo Agudo defendeu terça-feira que a água devia ser um direito do cidadão, em vez de um direito humano, para que fossem agravadas as tarifas a quem consome mais do que precisa. “Devia haver uma tarifa para encarecer quem gasta mais do que 30 litros de água por dia. A partir dessa quantidade o preço da água devia ser cinco vezes mais caro”, afirmou o investigador, numa conferência na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, sobre alterações climáticas, subordinada ao tema “O ambiente na encruzilhada - Por um futuro sustentável”.O investigador não recusa que a água seja considerada um direito humano, ou uma garantia de acesso a todas as pessoas do planeta, mas defendeu que se fosse considerada um direito do cidadão isso permitiria agravar consumos excessivos e racionalizar os gastos. “Somos a única espécie em todo o planeta que defeca em água limpa, contaminando-a”, afirmou Pedro Agudo, criticando a falta de medidas para travar gastos considerados desnecessários.O investigador, que falava para uma plateia repleta de estudantes e especialistas em ambiente, nacionais e internacionais, defendeu ainda que a água tem de começar a ser encarada não como um recurso, mas como integrada em todo o ecossistema. “Veja-se o exemplo da madeira. Não se fala em política da madeira mas em política florestal. No caso da água fala-se em política da água, não dos rios. E isso tem consequências negativas”, frisou.

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