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“Esperamos ter a ExpoCartaxo num novo pavilhão em 2010”

Entrevista com Jorge Pisca, responsável pelo Núcleo Nersant do Cartaxo desde 2005

Em véspera de inauguração de mais uma edição da Expo-Cartaxo o empresário Jorge Pisca fala das actividades do núcleo do Cartaxo da Associação Empresarial de Santarém, das zonas empresariais ambicionadas que tardam em ser concretizadas e do que é hoje um concelho que, com excepção do vinho, não tem um sector económico marcante.

Aproximamo-nos de mais uma edição da ExpoCartaxo. Este evento é o ponto alto da actividade no Núcleo Nersant do Cartaxo? É pelo menos a nossa acção mais visível e também a que mais representa para os empresários do concelho. É a melhor oportunidade que têm de expor e divulgar os seus produtos e serviços. Dia 2 temos ainda o dia aberto às empresas, em que se procura mostrar o trabalho realizado, mas também confrontar dificuldades de empresários, sejam sócios ou não sócios da Nersant. Contamos também com os prémios “empresário do ano” e “empresa do ano”, como forma de incentivar e distinguir quem mais se destacou em 2008 ao longo de uma carreira. O núcleo tem grande dependência de actuação da casa mãe da Nersant em Torres Novas?Somos o veículo de informação da Nersant no concelho do Cartaxo, entidade que organiza a ExpoCartaxo com a colaboração da câmara, que cede as instalações. Temos uma funcionária da Nersant que agiliza processos. Os restantes elementos são empresários que fazem parte deste órgão social e são sócios. As nossas actividades estão mais vocacionadas para a informar os destinatários da realização de acções de formação em áreas como a contabilidade e fiscalidade, informatização de empresas e a sua organização. Dispomos ainda de apoio técnico-jurídico a custo zero para sócios em matérias laborais, fiscais e jurídicas, informações sobre candidaturas a fundos comunitários, visitas a efectuar pelo pais e estrangeiro. O pavilhão de exposições não passou já do prazo para albergar a ExpoCartaxo?Temos as condições possíveis. Esperamos que em 2010 o evento já se possa realizar no falado pavilhão multiusos que se previa ter sido construído há já dois anos. Mesmo assim o actual pavilhão tem condições razoáveis e uma beleza própria. Conseguido um novo espaço não faltará mais nada, já que de acessibilidades o Cartaxo está muito bem servido por estradas nacionais para sul e norte, pelo acesso à A1 e pela linha ferroviária.Em que é que o acesso à A1beneficiou de facto os empresários e o Cartaxo?Houve de imediato uma abertura maior do corredor de acesso à zona norte e oeste que permitiu a muitas empresas que faziam outros circuitos de transporte acederem mais facilmente aos seus destinos, baixarem custos de produção e escoarem os seus produtos. Por exemplo, na exploração agrícola.Faz sentido a separação física da ExpoCartaxo da Feira dos Santos que a câmara tem previsto?Ainda não sabemos bem como vai ser ao certo esse projecto mas ter os dois eventos em simultâneo seria juntar o útil ao agradável e uma mais-valia para a organização. Sabe-se que quem visita a feira tradicionalmente dá um salto à ExpoCartaxo e vice-versa. Vinho e agricultura têm ainda grande peso económico e arrastam outros negóciosFalando de tradição, o sector do vinho no concelho ainda tem um peso forte na actividade económica?O ponto mais imediato desse peso é o mais recente investimento em Vila Chã de Ourique com a Quinta Vale D’Algares e a sua produção de vinho, aliada à promoção turística. O vinho e a agricultura ainda são a base de grande actividade económica e falo por mim que também sou produtor de vinho tinto. Restam as casas agrícolas, que antigamente funcionavam por força das famílias que as geriam, mas são necessários projectos mais profissionais. De resto, há lugar para todos. Numa visita recente a Logroño (Espanha) tive oportunidade de ver como explorações com a dimensão de um quarto de um hectare (2.500 metros quadrados) são rentáveis, desde que seja valorizado o vinho do produtor.Mas o concelho do Cartaxo parece ser hoje uma manta de retalho de uma série de actividades empresariais sem ter aquele sector forte que o distinga na região e no país.Sim mas a produção de vinho é ainda a actividade mais marcante. É verdade que grandes empresas da metalomecânica como a Moali e a Metalgrupo, ou a Opel e a Ford no concelho de Azambuja, se desmantelaram e isso não é positivo. Mas há que olhar para outras realidades e novas oportunidades como as indústrias tecnológicas e amigas do ambiente.No âmbito da formação de empresários, para quando está prevista a concretização da Escola de Negócios do Vale do Tejo?Pensamos que em 2010 o projecto terá luz verde para a zona do campo da Feira. É importante dispormos desta formação vocacionada para formação superior em pós-graduações para empresários e quadros das empresas como forma de os motivar para a formação, o conhecimento e daí retirarem benefícios para os seus negócios.

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