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Centenário do nascimento de Soeiro Pereira Gomes assinalado no Museu do Neo-Realismo

“Soeiro Pereira Gomes – Na esteira da liberdade” é o mote da exposição que assinala o centenário do nascimento do escritor no Museu do Neo-Realismo, em Vila Franca de Xira. A inauguração está marcada para 7 de Novembro, às 17h00. A exposição estará patente até 7 de Março de 2010. A curadoria é de Luísa Duarte Santos. Joaquim Soeiro Pereira Gomes (1909, Gestaçô – 1949, Lisboa) é um autor e uma personalidade incontornável na história da cultura e da resistência do século XX. Pioneiro e um dos vultos do movimento neo-realista, empenhou a sua vida por uma causa. “Enquanto escritor funde uma poética de olhar atento e compassivo, de uma certa interioridade, com uma perspectiva do realismo humanista de intervenção social, influência inicial presencista que se vai confrontando, e enformando, com a realidade crua e sofrida dos que lhe estavam próximos, e com eles acompanhando as mudanças de um estado injusto e repressor. De “vocação perdida”, Soeiro cumpriu a “estrada do seu destino” que escolheu consciente e generosamente. Assim viveu, assim morreu aos 40 anos”.Do Douro ao Tejo, do mundo rural ao mundo industrial, do amor da família ao afecto aos seus ‘meninos” e aos homens, dos sonhos adolescentes aos convictos ideais, Soeiro sempre preservou os valores da justiça e da liberdade. Defendendo-os nas ideias e nas acções, fosse nas actividades cívicas ou militantes, ou no labor literário, na dinamização social e cultural de âmbito local ou na luta pela transformação social, nos contos ou nos romances que escrevia; porque a sua vida e a sua escrita formavam uma unidade, na essencialidade do ser humano, realça Luísa Duarte Santos. Para os filhos dos homens que nunca foram meninos escreveu “Esteiros”. “A dedicatória contém uma suposição que é parte de uma promessa. Não apenas a de que esses moços terão filhos mas sobretudo a de que eles saberão ler. E talvez mesmo mais do que saberem ler serão capazes de se tornarem o destinatário de um livro, o destinatário de uma dedicatória literária”, escreve o professor Manuel Gusmão.

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