O presidente da Câmara do Cartaxo, Paulo Caldas (PS), explicou na primeira reunião do executivo do novo mandato que os tapumes colocados em redor de alguns espaços públicos do centro da cidade (onde irá nascer o futuro parque central) serviram para mostrar serviço a quem vai financiar a obra. “Tínhamos de demonstrar ao Programa Operacional do Alentejo que a obra estava no terreno, senão não viriam de forma alguma os 2,7 milhões de euros de comparticipação”, justificou o autarca.Recorde-se que, cerca de dois meses antes das eleições autárquicas de 11 de Outubro, a câmara justificou a colocação de tapumes com o início dos trabalhos preparatórios de uma empreitada que ainda nem sequer tinha sido adjudicada. Esses trabalhos consistiam na remoção da estátua de Marcelino Mesquita, do monumento de homenagem aos combatentes cartaxeiros da I Grande Guerra e do obelisco. Só que, até à data, para lá dos tapumes está tudo na mesma.A adjudicação da obra que prevê a construção de um parque de estacionamento subterrâneo, parque à superfície, criação de zona de bares e de lazer, no valor de 3,5 milhões de euros, decorreu em finais de Setembro à empresa Constrope. Mas o processo carece ainda de visto do Tribunal de Contas para se poder iniciar. Até lá, de obras só mesmo os tapumes…