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Lezíria de Vila Franca de Xira deixa pegada ecológica para as gerações futuras

Lezíria de Vila Franca de Xira deixa pegada ecológica para as gerações futuras

Blasted Mechanism dizem que a Lezíria Grande é “um espaço mágico”

Começou a reflorestação da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira. Alunos das escolas do concelho, os Blasted Mechanism e quase duas dezenas de fãs plantaram as primeiras de quatro mil árvores na cidade que está empenhada na causa ecológica.

A Lezíria de Vila Franca de Xira será dentro de poucos anos uma floresta que contribuirá, de forma decisiva, para minorar as emissões de CO2 provenientes da franja industrial do concelho. A cidade deixa assim uma importante pegada ecológica para as gerações futuras através de um processo de reflorestação que arrancou na sexta-feira, 31 de Outubro, com a plantação das primeiras árvores das quatro mil que a lezíria vai receber. Alunos das escolas do concelho ajudaram na plantação, assim como os músicos da banda Blasted Mechanism, que trouxeram consigo uma comitiva de fãs para ajudar a cavar a terra.“Apadrinhe uma árvore – o seu nome para a posteridade” é o mote para a campanha de reflorestação que tem como objectivo alcançar a meta “Carbono Zero”. A iniciativa é promovida pela Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira e pela Associação dos Beneficiários da Lezíria Grande, contando com a parceria dos Blasted Mechanism, Quercus e do Condomínio da Terra. Além da plantação de árvores, pretende-se também recuperar espécies autóctones portuguesas como a Azinheira, o Choupo, Amieiro, Freixo, Oleandro, Pinheiro-Manso, Sabugueiro, Salgueiro e Tamargueira. O local escolhido da Lezíria para proceder à plantação, a Vala do Ruivo, tem especial importância, segundo o presidente da Associação dos Beneficiários da Lezíria Grande, Vítor Barros. “Somos 300 agricultores na Lezíria, que se estende por 14 mil hectares ladeados pelos rios Sorraia e Tejo. A floresta que hoje começámos a plantar vai criar sombra e será um importante corta-ventos para a agricultura, não esquecendo o seu papel vital para segurar os taludes dos diques da Lezíria”, informou. Paulo Magalhães, do Condomínio da Terra, afirmou na acção de reflorestação que o saldo ecológico de Vila Franca de Xira vai melhorar em muito com as árvores que agora ali chegam e Valdjiu, dos Blasted Mechanism, contou a O MIRANTE que a Lezíria grande é “um espaço mágico” e que lamenta “não ter grandes ligações à cidade”.“Está na altura de colocarmos as nossas mãos na terra e começarmos a dar em vez de tirar. Acho que vamos deixar um melhor ambiente para os nossos filhos e para as próximas gerações e vamos fazer parte de uma floresta que vai ter a nossa energia. Estamos muito gratos ao presidente da junta, que é uma pessoa demasiado à frente que compreende mesmo o trabalho que há para ser feito. Vila Franca de Xira parece-me uma cidade fascinante e a Lezíria é um espaço que se autoconvoca”, refere o músico ao nosso jornal. Todos os que comprarem o bilhete para o concerto dos Blasted no Coliseu dos Recreios, em Lisboa (marcado para o dia 28 de Novembro às 22h00) vão ajudar a reflorestar a ilha, uma vez que por cada bilhete será oferecida uma árvore, que terá o nome do comprador e será plantada na ilha vilafranquense.Mesmo quem não vai ao concerto pode inscrever-se, enviando os seus dados (nome, morada, idade, ocupação, contacto e número de árvores a apadrinhar) para dhs@jf-vfxira.pt (no e-mail pode colocar no assunto “Eu Quero Apadrinhar”) ou dirigir-se directamente à Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira. Cada árvore tem o custo simbólico de dois euros e leva uma etiqueta com o nome, da família e da empresa que apadrinha. “É sempre bom contribuir para uma melhoria do ambiente. Deixei três árvores. Tento sempre reciclar e não deitar lixo para o chão. Tenho algum medo do futuro, por isso tento cumprir a minha missão. Acho que devia haver mais actividades deste género”, refere Luís Santos, um dos jovens participantes na iniciativa. Para Zacarias Ribeiro, que veio de Sintra no “Super Blasted Train”, plantar árvores em Vila Franca de Xira “é uma causa de todos e é também um acto de protesto contra o aumento das emissões de gases de estufa. Já tinha estado na Lezíria, num duatlo, e acho que tem uma paisagem linda”, conclui. O presidente da Junta de Freguesia, José Fidalgo, concluiu a acção mostrando o desejo de que, “no futuro e com o esforço de todos, a humanidade consiga atingir as 350 partes por milhão de CO2 que irá equilibrar o planeta”.
Lezíria de Vila Franca de Xira deixa pegada ecológica para as gerações futuras

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