Crise obriga marcas a fazer descontos, campanhas e reduções de preços
A crise económica e o forte impacto que causou na quebra das vendas de automóveis levou as marcas e concessionários a ter de recorrer a campanhas, descontos e em alguns casos à redução do preço médio para atrair mais clientes.As quebras na procura agravaram-se no final de 2008 e a situação continua durante este ano. Segundo dados da Associação Automóvel de Portugal (ACAP), entre Janeiro e Setembro a queda homóloga regista um forte decréscimo de 31 por cento.Para contornar as quebras, as marcas optaram por estratégias diferentes: umas por recorrer a campanhas ou descontos, outras a reduções no preço base e outras ainda por manter a estratégia focada no valor do automóvel.Uma das marcas que se adaptou à nova realidade foi a General Motors (GM). “O que procurámos fazer foi promover descontos capazes de atrair mais clientes e reforçar a relação preço-equipamento de praticamente toda a nossa gama de automóveis”, disse à Lusa, Miguel Tomé, da GM. O responsável dá como exemplo um novo modelo da Opel que, apesar de integrar variado equipamento tecnológico de série, “é proposto ao mesmo preço da versão anterior, o que significa um ganho de pelo menos 1.500 euros em favor do cliente”. A estratégia comercial da Seat também passou por oferecer mais equipamento de série. A Toyota optou pela “actualizações dos preços” e campanhas de desconto. A Mercedes-Benz Portugal aposta nas mais-valias dos seus produtos e serviços, mas dá o exemplo de um modelo da marca que “apresenta o nível de emissões mais baixo do mundo” e que recebeu em Portugal a isenção especial de ISV em 50 por cento e uma redução de cerca de 8 mil euros no seu valor final. A SIVA, que representa a Audi, a Volkswagwen e a Skoda, mantém os preços dos automóveis e não intensificou as promoções que fazia antes da quebra nas vendas (a Audi não faz promoções).
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