Museu Rural e do Vinho do Cartaxo tem projecto para ser mais grandioso e complementar
Projecto abordado durante as comemorações do Dia Europeu do Enoturismo e 8 de Novembro
O director operacional do Museu Rural e do Vinho do Concelho do Cartaxo, Vítor Varela, anunciou durante a comemoração do Dia Europeu do Enoturismo, a 8 de Novembro, que aquele espaço museológico deverá entrar em obra já no próximo ano para a concretização de um projecto que pretende torná-lo “mais grandioso e mais complementar”. O projecto de intervenção, candidatado a fundos do Quadro de Referência Estratégico Nacional, permitirá modificar a infra-estrutura existente e criar novas instalações, entre as quais um Centro Documental que irá receber todo o acervo do Instituto da Vinha e do Vinho. Durante o programa, que incluiu uma visita ao museu e a realização de mais uma edição das “Conversas da Taberna”, António Nabais, director do Conselho Científico do Museu, afirmou que o Cartaxo tem potencialidades para estar no centro do mapa do enoturismo, considerando a sua localização geográfica mas também a sua riqueza histórica, cultural e paisagística.“O Museu Rural e do Vinho representa, neste cenário de valorização e promoção da identidade do concelho, um veículo fundamental para comunicar a nossa cultura – a cultura da Capital do Vinho”, reforçou o museólogo. Uma posição secundada pelo vereador da câmara municipal responsável pela área do Turismo. Pedro Gil considera que o projecto Cartaxo – Capital do Vinho é uma séria aposta. “Conto com todas as entidades para este desafio de dinamizarmos o Cartaxo, com mais festas, mais eventos e mais parcerias que possam dar mais visibilidade àquilo que fomos e àquilo que temos e que possam potenciar os nossos recursos e qualidades no futuro”, acrescentou. Organizada pelo Museu Rural e do Vinho do Concelho do Cartaxo, a iniciativa é mais uma das que pretende dar mais dimensão aos vinhos do Cartaxo, potencialidades da marca Ribatejo, aproveitando os recursos existentes. A proprietária da Quinta Vale de Fornos, em Azambuja, foi a convidada das Conversas da Taberna para contar a sua história, os motivos que a levaram a agarrar o desafio da agricultura num mundo, até há pouco tempo, dominado pelos homens. “Nunca me tinha passado pela cabeça vir a dedicar-me à agricultura. Quando o meu pai e o meu marido decidiram comprar a Quinta de Vale Fornos eu nem me interessei pelo assunto, mas depois, não sei o que aconteceu, mas a verdade é que me apaixonei profundamente pela agricultura”, revelou Graciete Monteiro, que se dedicou à causa há 23 anos. Desde 1873 que a quinta vendia vinho a granel, mas Graciete Monteiro quis dar mais qualidade e prestígio à sua casa. Ignorou os olhares menos incentivadores da família e os olhares reprovadores do mundo de homens para lutar pela afirmação dos seus vinhos e dos vinhos do Ribatejo. É defensora de parcerias e união de esforços para a maior dimensão do sector do vinho da região.
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