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Dirigentes associativos do Cartaxo voltam a assinar livranças para receberem dinheiro dos protocolos

Câmara acordou pagamentos a dez meses com entidade bancária em cerca de 1,4 milhões de euros

A autarquia deve às colectividades e associações cerca de 1,4 milhões de euros.

O presidente da Câmara do Cartaxo, Paulo Caldas (PS), chegou a acordou com um banco para que seja essa entidade a liquidar as verbas devidas pela autarquia a associações e colectividades do concelho decorrentes dos protocolos de apoio à actividade cultural e desportiva. Mas, em última análise, são os dirigentes das associações quem viabiliza o “negócio” com a assinatura de livranças no valor dos montantes que correspondem a cada entidade. Este ano o acordo foi feito com a Caixa de Crédito Agrícola e a mesma operação já fora realizada em relação aos protocolos de 2008 com o BES. Tem em vista o pagamento das verbas de 2009, de verbas de 2008 e até de algumas verbas de 2007. O protocolo de 2009 foi assinado a 4 de Outubro, uma semana antes das últimas eleições autárquicas.O presidente da Câmara do Cartaxo garante que a autarquia vai cumprir os compromissos com as colectividades, pagando ao banco o montante global no prazo de dez meses. Mas alguns agentes associativos contactados por O MIRANTE confirmam que o negócio só vai por diante porque têm de assinar, como garantia junto do banco, livranças no valor das verbas que as associações têm a receber. Ou seja: se eventualmente a autarquia não liquidasse essas verbas junto do banco no prazo previsto, seriam os dirigentes a responsabilizar-se por elas.Os clubes de futebol são quem mais têm a receber. O Estrela Ouriquense quase 249 mil euros referentes a obras no campo de futebol, dívida fiscal e épocas desportivas. Três dirigentes assinaram livranças sobre o valor total mas ainda não viram a cor do dinheiro. “Vamos ver se é desta”, afirma Carlos Albuquerque na terça-feira. O Sport Lisboa e Cartaxo tem a receber 100 mil euros, 50 mil pela formação de jogadores e outros 50 mil para a conclusão dos balneários do campo das Pratas. “Reunimos três assinaturas na direcção mas as dificuldades são grandes. Facturas de água para pagar de 500 euros, gás, folhetos de publicidade dos jogos, máquinas de lavar por arranjar, etc. São muitos gastos”, refere o presidente do clube, Frederico Guedes, admitindo que o negócio é igual ao protocolo de 2008.Presidente da Casa do Povo de Pontével, Fernando Calisto tem a receber 54 mil euros para distribuir pelas diferentes secções. Oito dirigentes assinam termos de responsabilidade, nenhum assina livranças garante. “É verdade que temos a haver valores desde 2007 mas há que confiar na câmara”, disse a O MIRANTE. Lembrando que ser dirigente é estar preparado para as alturas difíceis. A Câmara do Cartaxo deve às colectividades e associações cerca de 1,4 milhões de euros. São 454 mil euros a distribuir por 26 colectividades culturais e 950 mil euros por outras 26 entidades com prática desportiva

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