A nova presidente da Câmara Municipal de Rio Maior disse sexta-feira, durante a sessão solene que assinalou os 173 anos de criação do concelho, que, “ao contrário do que se possa dizer, em Rio Maior não está tudo feito”. “Não me posso considerar herdeira de uma situação tranquila, ligar o piloto automático e deixar passar os anos até ao final do mandato”, disse a social-democrata Isaura Morais, que nas autárquicas de 11 de Outubro conquistou a Câmara ao socialista Silvino Sequeira.A autarca referiu que “há muito para fazer” e que “falta o mais importante que é criar um modelo de desenvolvimento para Rio Maior”. Isaura Morais deixou críticas implícitas aos seus antecessores realçando que não se pode desenvolver um concelho deixando de fora as suas freguesias.“Quero ser muito clara perante todos vós. Se após 35 anos do 25 de Abril ainda estamos a regatear para as freguesias alcatrão, luz eléctrica ou saneamento básico, então não admito que se diga que está tudo feito”, declarou a autarca deixando a garantia aos presidentes de junta presentes que nestes mandatos serão parceiros de trabalho. Presidente da assembleia municipal contra o boatoNa mesma sessão, o presidente da Assembleia Municipal de Rio Maior criticou os boatos e a maledicência que começaram a circular em Rio Maior quando o novo executivo ainda não tinha sequer sido empossado. António Arribança, num discurso muito crítico, questionou se a sociedade civil merece aqueles que acabou de eleger.“As pessoas que elegemos conhecemo-las do dia a dia. Merecem de todos respeito e merecem que se acabe com o boato e a maledicência”, disse António Arribança apelando à reflexão sobre o assunto: “Que se parta do princípio que essas pessoas, sem distinção, são pessoas sérias, que estão nisto sem interesse pessoal, que estão nisto por mero apego à causa pública”.