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Indústria automóvel lança-se na corrida aos carros “verdes”

Indústria automóvel lança-se na corrida aos carros “verdes”

Especialistas prevêem que só daqui a uma década tenham quota relevante no mercado
A consciência ecológica cada vez mais forte do grande público e os receios quanto aos preços do petróleo lançaram a indústria automóvel numa corrida aos “carros verdes”. Electricidade, eficiência dos motores e do combustível e hidrogénio são os três principais destinos de milhares de milhões de euros em investigação e desenvolvimento. Tudo rumo a menores emissões de dióxido de carbono, considerado o principal responsável pelas alterações climáticas. Especialistas do sector prevêem que apenas daqui a quinze anos os carros eléctricos, híbridos ou a hidrogénio vão começar a ter uma quota relevante no mercado automóvel (cerca de 15 por cento em 2025), mas isso não impede as marcas de trabalharem já para garantir um lugar no mercado que ainda está para vir.A associação espanhola de fabricantes automóveis estima que só na Europa as marcas investiram mais de 20 mil milhões de euros (cerca de 5 por cento da sua facturação) em inovação relacionada com o meio ambiente. A norte-americana Ford, por exemplo, investiu entre 60 e 70 por cento da sua Investigação e Desenvolvimento no eixo ambiental, e o restante nas áreas que até agora absorviam “a parte de leão”: a segurança e as novas tecnologias.Nos próximos três anos serão lançados vários veículos eléctricos (a Renault vai lançar quatro modelos até final de 2012) e híbridos e paralelamente aposta-se em novos motores de combustão com maior eficiência energética a menores emissões.O grupo francês PSA Peugeot Citroen, que em 2008 gastou 3,5 mil milhões de euros em investigação, criou um novo motor diesel que emite menos de 99 gramas de CO2 por quilómetro e também está a trabalhar numa nova gama de motores de segunda geração (stop/start), que a marca diz permitir uma redução de 15 por cento nas emissões e menor consumo de energia.Em finais de 2010, o grupo começa a vender o seu primeiro carro eléctrico (o Peugeot Ion) e em 2011 prevê lançar um híbrido a diesel e um híbrido recarregável, com emissões de 50 gramas de CO2.A Ford apostou nos motores de combustão alimentados a biocombustíveis: motores flexifuel, alimentados a E85 (85 por cento bioetanol, 15 por cento gasolina), que a empresa diz reduzir as emissões em 80 por cento. E está na calha o Trifuel, um motor a ser colocado no Mondeo, alimentado a gasolina, bioetanol ou gás propano líquido (GPL).Na Renault o rumo é outro. “Tendo em conta a consciencialização das questões da poluição e de que os automóveis contribuem para o aquecimento global, e mesmo um eventual aumento do petróleo, a Renault achou que não deveria fazer um passo intermédio [híbridos] e saltar directamente para o carro zero emissões”, salienta o director de comunicação da Renault Portugal, Ricardo Oliveira.“O primeiro enfoque”, no entanto, “foi na optimização (redução das emissões) dos motores diesel e a gasolina. Desde há quatro anos as emissões já reduziram na ordem dos 15/20 por cento. Esse é um caminho que [também] vai continuar”, ressalva.O primeiro modelo da Renault a chegar ao mercado será o Kangoo eléctrico, seguido do Fluance (que tal como o Kangoo parte de uma base já existente com motor térmico), e mais tarde o Twizy e o Zoe, estes dois desenhados e pensados exclusivamente para o mercado eléctrico. A empresa também está a trabalhar em carros alimentados a hidrogénio, se bem que a muito longo prazo. Mas até já existe um protótipo: o Scénic ZEV H2.
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