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Perdeu Câmara de Alpiarça e foi nomeada Governadora Civil de Santarém

Ex-deputada socialista Sónia Sanfona “naturalmente satisfeita” com o novo cargo

Nas autárquicas de 11 de Outubro, a Sónia Sanfona foi derrotada pelo candidato comunista, que recuperou o município para a CDU após 12 anos de poder socialista.

A nova governadora civil do distrito de Santarém, Sónia Sanfona, que dia 11 de Outubro foi derrotada nas eleições para a presidência da Câmara de Alpiarça pelo comunista Mário Pereira, disse sentir-se “naturalmente satisfeita” com a confiança que lhe foi depositada pelo Governo para assumir “um lugar de relevo e grande responsabilidade”.Sublinhando o papel dos governos civis na ligação das regiões que representam com o Governo central, Sónia Sanfona disse ser seu objectivo imediato trabalhar em prol do distrito, procurando dar-lhe “a visibilidade e o relevo que merece” para que seja “exemplar e uma referência nacional”.Sónia Sanfona disse sentir-se preparada e motivada para responder aos “desafios estruturantes” que se colocam a quem desempenha o cargo de governador civil, realçando o papel destas estruturas em matéria de prevenção rodoviária, protecção civil, relacionamento institucional e com o movimento associativo, áreas que considerou poderem ser “motor de uma região”.Sónia Sanfona refutou ver na sua nomeação, aprovada dia 19 de Novembro em Conselho de Ministros, uma “lógica de lugares de compensação”. A ex-deputada foi criticada publicamente por, juntamente com Ana Gomes, ter contestado a sua exclusão da lista de candidatos à Assembleia da República por concorrer ao mesmo tempo à presidência da Câmara Municipal de Alpiarça, município que o PS perdeu para a CDU nas autárquicas de 11 de Outubro.Sónia Sanfona disse ainda que o facto de se perder uma autarquia em eleições “não pode ser um handicap para qualquer político”. “Sei que teria condições para fazer um bom trabalho e ser uma boa presidente de câmara. A população assim não entendeu, decisão que respeito”, disse, adiantando que vai assumir as funções de governadora civil “com o mesmo ânimo e determinação” com que sempre se envolve em tudo o que faz.“Com todo o respeito pelos que me criticam, há desafios para assumir”, disse, sublinhando a confiança que é depositada em si pelo Governo e pelo partido que apoia. Defensora da regionalização, Sónia Sanfona disse que o futuro dos governos civis dependerá do modelo de um projecto que tem ainda um tempo e um caminho para percorrer.Botas Castanho não chegou a aquecer o lugarJoaquim Botas Castanho está de abalada do cargo de governador civil de Santarém, cinco meses após ter sido indicado para substituir Paulo Fonseca, quando este abandonou funções para se dedicar à candidatura pelo PS à Câmara de Ourém. Botas Castanho, ex-vice-presidente da Câmara de Santarém, diz ter gostado da experiência e afirma que o exercício temporário do cargo já estava subjacente quando foi contactado em Junho passado. O próprio admitiu que não estaria disponível para exercer essas funções se fosse num horizonte temporal mais alargado. “Foi uma experiência muito interessante e fiz o melhor possível”, adiantou ao nosso jornal.

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