Autodesignam-se de “Pipas” e constituem um grupo de cerca de 40 amigos do concelho do Cartaxo que há 25 anos costuma realizar um jantar anual. Sábado, dia 14, juntaram-se cerca de 20 elementos para homenagear os produtores de vinho do concelho, e os apreciadores e bebedores do néctar do qual o Cartaxo reclama ser capital. Curiosamente nas várias rotundas em torno da cidade esse estatuto não estava consolidado. Pelo menos até sábado.Os “Pipas” montaram, com autorização da autarquia, em cima do relvado da rotunda junto ao Intermarché, dez pipas empilhadas em forma de pirâmide. Oito pipas com os nomes das freguesias do concelho, uma alusiva aos 25 anos do grupo de amigos e uma outra dedicada ao vinho. Foram cedidas pela Adega Cooperativa do Cartaxo, bem como o vinho frisante, que serviu para festejar a ocasião, rematada com o hino dos Pipas, que reza assim no primeiro verso:“Ó parra ó que linda parra/Ó parra da videira/E hoje vamos apanhar/Uma grande bebedeira”. Inaugurado o “monumento” ao vinho e aos produtores, a comitiva de “Pipas”, passou por Vale D’Algares para uma prova de vinhos, pelo Toni para mais do mesmo, até ao jantar no Lugar do Gaio. “Esta geração de amigos confraterniza há 25 anos. Sabemos ser bebedores moderados, sabemos provar e beber o vinho essencialmente para degustar”, garante Pedro Barata, de Valada. João Paulo Fernandes, de Pontével, lembra-se essencialmente das grandes bebedeiras de miúdos e do convívio que se manteve ao longo de um quarto de século no tempo em que o Cartaxo era uma vila e todos se conheciam. “Apanhámos grandes bebedeiras na Horta da Fonte. Enquanto os outros queriam whisky o Toni já sabia que com os Pipas arranjava o garrafão de tinto”, recordou, lembrando que vários amigos do grupo trabalham no estrangeiro e que sempre se esforçam por estar presentes no jantar anual. “Nós somos os Pipas do Cartaxo/Iremos todos vencer/No jantar grandes amigos/Até ao último morrer!” Ricardo Carreira