Os sinos começaram a repicar em tom de festa por volta das 4 da tarde de Sábado. Chovia intensamente e as dezenas de pessoas que tinham participado na missa, saíram da Igreja Matriz do Entroncamento numa espécie de “procissão de guarda-chuvas”. Depois de atravessarem a Rua da Igreja entraram no edifício, ainda a cheirar a novo, do Centro Pastoral da Sagrada Família. Minutos depois o Bispo de Santarém D. Manuel Pelino Domingues, procedia à sua inauguração.“A educação dos mais novos foi a principal preocupação que levou a edificar este espaço. É a educação das crianças que nos preocupa a todos. Porque queremos que quando elas sejam adultas possam produzir um mundo mais justo e fraterno, onde haja gosto em viver; onde haja confiança mútua e onde a vida seja bela e tenha sentido”, disse o Bispo, que elogiou o trabalho do pároco da Sagrada Família, António Vicente. “Ele foi a alma desta obra”. O edifício foi construído de raiz no espaço anteriormente ocupado pelo salão paroquial. O padre António Vicente, pároco da Sagrada Família, disse a O MIRANTE que o Centro Pastoral era uma necessidade sentida há muito tempo pois já não havia espaços disponíveis e com condições para ministrar a catequese. Na paróquia da Sagrada Família a catequese é frequentada por cerca de quinhentas crianças.“Temos muitos grupos de catequese a trabalhar ao mesmo tempo, principalmente ao Sábado. A maior parte das crianças têm conforto em casa. Têm aquecimento, higiene. Nós temos que fazer com que a criança se sinta bem aqui”, explicou António Vicente que já tem outras ideias para aproveitamento do novo espaço. “Vamos transferir para aqui o cartório da igreja e pensamos fazer aqui, regularmente, convívios para idosos. Também temos em mente formar um grupo que se chamará ‘Pastoral da Cultura’ que vai promover encontros, debates e outras iniciativas, tudo isto à volta do café/bar. E temos uma sala preparada para receber exposições temporárias. Queremos criar diálogo com a sociedade e dar o nosso contributo, enquanto igreja, para o progresso do Entroncamento”, afirmou.Várias entidades, entre as quais a câmara municipal e o grupo Mateus ajudaram a fazer a obra mas a fábrica da Igreja teve que recorrer a um empréstimo bancário a pagar em 15 anos, uma vez que o Centro Pastoral ficou em cerca de 250 mil euros.