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Instituições ajudam pais a educar para o optimismo

Várias instituições de Santarém juntaram-se para ajudar pais a educar os filhos para o optimismo e a desenvolverem um relacionamento positivo, num programa de educação parental que termina este mês a sua primeira etapa. “Não é fácil. (As sessões com os pais) mexem muito com questões da vida privada, dum espaço reservado”, disse à agência Lusa Cláudia Martins, psicóloga da Associação para o Desenvolvimento Social e Comunitário de Santarém (ADSCS).A associação juntou-se a outras instituições do concelho - Santa Casa da Misericórdia, Centro Social Interparoquial, Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) e Gabinete de Psicologia da Câmara de Santarém - para desenvolverem um programa de educação parental.“Sentíamos que o trabalho desenvolvido no âmbito do Rendimento Social de Inserção era incompleto e tínhamos consciência de que não seria fácil para as equipas desenvolverem este projecto com as famílias com que lidam diariamente”, disse Tânia Sousa, do Centro Social Interparoquial.Foi assim que, na sequência de uma proposta da CPCJ para experimentação do programa “Ser Família”, elaborado em 2003 por Maria José Ribeiro, da Universidade do Minho, foi criada uma “equipa de trabalho inter-serviços”, que arrancou, em Setembro, com dois grupos piloto, um na cidade de Santarém e outro na freguesia de Alcanede, adiantou Susana Parente, da CPCJ.“Os grupos têm evoluído e conseguido aumentar o grau de partilha. As sessões partem muito do seu próprio funcionamento como filhos”, disseram as técnicas, frisando que para muitas destas pessoas “o esforço de se sentirem bem com elas e com as famílias tem que ser redobrado”, porque “muitas vezes nem as necessidades básicas têm satisfeitas”.As sessões, semanais, “ajudam a dar importância ao que dizemos ou fazemos com os nossos filhos. Acabamos por tirar ideias e ver o que passa mais despercebido”, disse à Ana Oliveira, com dois filhos, de 13 e quatro anos. “Agora, quando vou para ralhar penso primeiro. Às vezes estamos muito ocupadas e não lhes prestamos atenção quando pedem. Agora, paro o que estou a fazer e vejo primeiro o que me querem dizer”, confessou.“Antes (das sessões) fazia-lhes tudo, resolvia tudo por elas, agora não”, disse Ana Silva, mãe de duas raparigas de 10 e 18 anos. “Vamos aprendendo umas com as outras. Se éramos más ouvintes já não somos”, afirmou Sandra Rodrigues, com três filhos, com 11, 12 e 16 anos.O projecto “Conversas de Pais”, que prosseguirá em Janeiro com mais dois grupos é dirigido aos encarregados de educação mas são as mães que mais participam

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