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Empresários defendem redução do número de feriados para combater a crise

Alegam que se vive período muito difícil que requer medidas de excepção
A Associação Empresarial de Portugal defende a redução do número de feriados, como forma de combater a crise e o desemprego, a começar pelo 1º de Dezembro, que celebra a autonomia do país face a Espanha. “Estamos num período excepcionalmente difícil, perante o qual devem ser tomadas medidas excepcionais”, disse o vice-presidente da AEP, Paulo Nunes de Almeida.Os empresários já fizeram as contas e afirmam que Portugal tem mais dois feriados do que a média da União Europeia. E, “em particular, [comparando] com os últimos países a entrar na União - aqueles com quem concorremos mais directamente - temos claramente mais feriados e mais férias”, indicou o responsável da AEP.“Na nossa opinião, justificava-se que Portugal reduzisse o número de feriados e pudéssemos trabalhar mais horas. Teria impacto no Produto Interno Bruto” (PIB), defendeu. A AEP considera que, numa altura em que está em causa “a sobrevivência dos postos de trabalho”, seria “facilmente compreensível um esforço colectivo”.Questionado sobre os feriados que poderiam eventualmente ser “sacrificados”, o dirigente da AEP identificou o dia que assinala a Restauração da Independência, face a Castela, dada a “situação caricata” que algumas empresas têm transmitido a esta estrutura.“Estamos num contexto ibérico. Temos a nossa História e deve ser preservada e estudada, mas poderá ser um pouco contra-natura” manter esse feriado, defendeu. É que, alegou, há cada vez mais “sinergias entre empresas” dos dois lados da fronteira e no dia-a-dia todos estão a ser “empurrados para colaborar”.“Estamos preocupados com a situação do país e há várias formas de a resolver, não há só uma”, frisou, acrescentando: “O PIB não está a crescer como devia crescer e temos de olhar também para os outros países”.Para Paulo Nunes de Almeida, a grande preocupação dos portugueses neste momento deve ser o emprego, seja aquele que se pretende manter, seja o que precisa de ser criado. “Não podemos querer a globalização e depois ficarmos agarrados ao que nos dá jeito”, sublinhou.Portugal tem 14 feriados nacionais: sete religiosos e cinco históricos, mais o Ano Novo e o Carnaval, além dos municipais, normalmente associados aos santos populares.Em 2010, cinco feriados coincidem com o fim-de-semana: 25 de Abril, 1.º de Maio, 15 de Agosto e Natal, além da Páscoa.

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