Taxistas de Santarém descontentes com a nova praça
Vereador diz que situação é provisória mas que não se pode andar sempre a mudar
Os taxistas cuja praça foi instalada na Avenida do Brasil e junto à Direcção de Finanças, em Santarém, devido às obras no campo Sá da Bandeira – futuro jardim da Liberdade - estão descontentes com a forma como o espaço tem funcionado.Consideram que os quatro lugares criados junto ao passeio em frente ao centro comercial chinês na Avenida do Brasil são insuficientes, além de que os restantes dez lugares de apoio a essa praça (junto à direcção distrital de Finanças) estarem deslocados, com pouca visibilidade e invadidos por carros particulares. O primeiro da fila dos quatro lugares da Avenida do Brasil na tarde de terça-feira, António Martinho, diz concordar com a colocação provisória dos taxistas naquele local mas espera que a câmara e os organismos oficiais os venham a contemplar no espaço do futuro Jardim da Liberdade. “No mínimo deverá ser criada uma praça única e não apenas estes lugares, que não são solução. Esqueceram-se de nós na planta do projecto, devem reavaliar e corrigir as coisas agora”, sustenta.Outro taxista, António Vargas, lembra que a proposta dos taxistas para o local era de sete ou oito lugares e não de apenas quatro “Nem propusemos ir para Cerca da Mecheira, mas sim para junto do passeio lateral da Direcção de Finanças. No final, o mais prejudicado é o utente, por via da decisão do senhor vereador”, refere a O MIRANTE.Parado no estacionamento junto às Finanças, Jorge Trindade mostra o enorme outdoor de publicidade a tapar a visibilidade para os lugares perto da gare rodoviária quando quer verificar se há espaço disponível. “Se a praça fosse toda neste local seria a melhor solução. De qualquer forma espero que esta seja uma situação provisória”, acrescenta.O vereador da Câmara de Santarém com o pelouro do trânsito recorda como o processo negocial com os taxistas foi conduzido com o representante da ANTRAL em finais de 2008, do qual resultou que seriam criados quatro lugares junto à Rodoviária. E outros 13 de apoio na Cerca da Mecheira, e mais quatro no Retail Park.Ricardo Gonçalves (PSD) reconhece que a localização dos taxistas poderá ser provisória por alguns anos, enquanto decorrerem as obras do Jardim da Liberdade. Projecto que na planta inicial da obra não previa a existência da praça de táxis e que continua sem o fazer. Refere também que foram sempre dadas alternativas que os taxistas recusaram, como a localização de parte da praça de táxis nos largos Infante Santo e da Piedade, junto ao W-Shopping ou na descida inicial da avenida 25 de Abril. “Todas as cidades têm praças de táxis dispersas. Em relação ao que pretendem os taxistas não podemos estar sempre a dar mais um passo, até porque temos de assegurar questões de mobilidade nos passeios. Em matéria de planos de sinalização, por exemplo, nunca há nada definitivo. É uma questão de ir experimentando as soluções a ver se resultam”, refere Ricardo Gonçalves a O MIRANTE. Acrescenta que os representantes das duas estruturas empresariais dos taxistas também se devem entender quanto ao que querem.
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