Quero, em primeiro lugar, lamentar não ter tido oportunidade de, após acusação pública, não ter sido confrontado no sentido de explicar o contexto em que exerci a minha “inexperiência”. Passadas duas semanas da publicação, com grande destaque, desta reportagem, entendi que deveria intervir, esperando contribuir para o melhor esclarecimento do inquérito a que a notícia se refere.Pretendo assim sublinhar o seguinte:1 - a decisão sobre a atribuição de tolerância de ponto é do município e não da direcção do agrupamento;2 - essa decisão foi, de facto, comunicada à direcção do agrupamento que, face à exiguidade dos recursos humanos disponíveis (que em boa parte dependem da Câmara Municipal, a qual tem revelado a maior sensibilidade às dificuldades das escolas e jardins de infância, concluiu não poder assegurar mais do que as actividades lectivas, tendo comunicado, em cima da hora, a situação às famílias;3- face à contestação imediata por parte das famílias, a direcção do agrupamento recebeu informação, alterando o sentido da comunicação anterior, assegurando que os trabalhadores municipais ao serviço das escolas não gozariam, em período lectivo, da tolerância de ponto;3 - desconhecendo as instruções dadas directamente aos funcionários, penso  que só por manifesta precipitação da parte do redactor da notícia ou qualquer outro equívoco que não vislumbro, se pode compreender o subtítulo deste comentário ao alegar que alguém se aproveitou da “inexperiência”. Para concluir quero apenas afirmar que encaro a inexperiência como uma virtude, mais potenciadora de futuro que o excesso dela. O Director do Agrupamento AlphaLuís Filipe A. R. AntunesNota da redacção: Não houve qualquer “precipitação da parte do redactor da notícia”. Quem mencionou, mais de uma vez, o aproveitamento da “inexperiência” do senhor director do Agrupamento Alpha, por funcionários, foi o vice-presidente da câmara, João Fanha Vieira, no decorrer da reunião pública do executivo municipal.