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Augusto Moita Estudante de Recursos Humanos, 60 anos, Azambuja

“Costumo falar com Deus muitas vezes. Pergunto-lhe por que é que as coisas que me correm bem ou me correm mal. Peço-lhe sempre que proteja os meus filhos e que todo o mal aconteça a mim e não a eles.

Que profissão gostaria de ter tido?O meu sonho desde adolescente, desde que a pessoa tem capacidade para desejar alguma coisa, foi ser jornalista. Nunca o consegui realizar porque andei por outras profissões que não foram menos estimulantes, mas que não corresponderam ao sonho que tinha que era escrever. Tem algum livro de cabeceira?Actualmente por razões de estudo ando a ler mais livros escolares, mas tenho normalmente livros na mesa de cabeceira. O último que li foi “Anjos e Demónios” de Dan Brown. Agrada-me este tipo de literatura. Faz-nos pensar um pouco sobre as questões teológicas. As questões da Igreja e de Deus. Todo este universo acaba por ser apaixonante. O livro é um bocado controverso. Será uma visão muito particular de Dan Brown. As pessoas depois tirarão as suas ilações. É uma pessoa religiosa?Não sou religioso praticante, mas sou uma pessoa com muita fé. Acredito em Deus, acredito que há um ser poderoso. Não é difícil de acreditar. Se houve um Hitler e outras figuras histórias por que é que não terá existido um Deus como pessoa de carne e osso? Acredito piamente nisso. Costumo falar com Deus muitas vezes. Pergunto-lhe por que é que as coisas que me correm bem ou me correm mal. Peço-lhe sempre que proteja os meus filhos e que todo o mal aconteça a mim e não a eles. É este tipo de diálogo que mantenho com Deus e que faz com que a minha religiosidade seja baseada na fé e numa conversa permanente.Se tivesse possibilidade de ocupar um cargo autárquico quais seriam as prioridades?Ajudar os mais carenciados. Penso que haverá focos de grande carência na população de Azambuja, embora muito encobertos. Penso que haverá mesmo situações de fome e famílias em grandes dificuldades. O saneamento básico, ao nível de Azambuja, está feito. Não estará feito no alto concelho. A parte do embelezamento da vila está realizado e muito bem por parte do presidente de câmara a quem cumprimento pelas excelsas capacidades. Virar-me-ia sobretudo para as questões sociais.Há muita pobreza envergonhada?Tenho quase a certeza de que existe miséria encoberta. É o grande problema da maioria das pessoas que viveram até com algum nível e que se vêem agora numa situação de pobreza por causa do desemprego. Eu chamo-lhe preconceito. Há que assumir as coisas. Se está com dificuldades deve procurar ajuda. A idade pode ser um problema para quem quer arranjar emprego?Sem dúvida. É uma barreira. Costumo dizer que vivo num país surrealista. Uma pessoa que chega aos 59 anos de idade e que ainda pensa em fazer um curso superior, como é o meu caso, deveria ser ajudada. Quando procura trabalho tem um capital de conhecimento que dificilmente tem uma pessoa com 30 anos. É injusto em termos sociais que a sociedade e as empresas não aceitem estes indivíduos que teriam ainda muito que dar a estas empresas e muito que ensinar aos mais jovens .

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