Os autarcas de Almeirim e Chamusca estão “desgostosos” e “preocupados” com a decisão do Governo de suspender o processo da concessão Ribatejo, que inclui a construção do Itinerário Complementar (IC) 3, que consideram “estrutural” para a região. Tanto o presidente da Câmara de Almeirim, Sousa Gomes (PS), como o da Chamusca, Sérgio Carrinho (CDU), dizem “compreender” as razões orçamentais que determinaram a decisão do Governo, mas lamentam que ela tenha afectado uma via que “não é apenas mais uma estrada”.Carrinho frisou que o troço Almeirim/Chamusca, que incluía a nova ponte sobre o Tejo (ligando ao concelho da Golegã), “é estruturante para esta zona do país e para o concelho”, que tem tido um incremento de empresas a instalarem-se, sobretudo no Ecoparque do Relvão, com o consequente aumento do fluxo de trânsito. Dado o avanço em que já se encontrava o processo - com estudo de impacte ambiental concluído e previsão de lançamento de concurso para o primeiro semestre do ano - Sérgio Carrinho espera conseguir sensibilizar o Governo para a importância da concretização deste troço.Já Sousa Gomes está preocupado com as limitações que a reserva de um corredor de 400 metros para a construção do troço está a colocar no concelho, impedindo nomeadamente a expansão da zona industrial. Por isso, disse, vai “fazer saber” junto do ministro das Obras Públicas não só dos constrangimentos que a decisão provoca no interior das povoações dos três concelhos, mas da necessidade de ficar definido o trajecto do troço, de forma a libertar o terreno que não é necessário à obra.